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Capital

Identificado homem que encomendou roubo a estudantes assassinados

Francisco Júnior e Luciana Brazil | 11/09/2012 11:10
Weverson sendo escoltado por policiais para mostrar local onde descartou as cápsulas. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Weverson sendo escoltado por policiais para mostrar local onde descartou as cápsulas. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Imprensa não pode acompanhar de perto a simulação. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Imprensa não pode acompanhar de perto a simulação. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Polícia identificou o homem suspeito de encomendar o veículo onde estavam os estudantes Breno Luigi Silvestrini de Araujo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, assassinados com tiro na cabeça no dia 30 de agosto, em Campo Grande.

De acordo com a delegada da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) Maria de Lourdes de Souza Cano, responsável por investigar o caso, o suspeito iria intermediar a venda da caminhonete Pajero com um comprador boliviano. “Só com a prisão dele que vamos chegar até o comprador”, explicou a delegada.

Hoje pela manhã foi realizada a reconstituição do duplo assassinato. A simulação durou cerca de 2 horas. Todos os envolvidos , Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, e o marido, Rafael da Costa Silva, de 22 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, 22 anos, Raul Andrade Pinho, 18 anos, e um adolescente de 17 anos, irmão de Rafael, participaram e relataram o envolvimento de cada um no crime.

A imprensa não pode acompanhar de perto os trabalhos dos investigadores. Os jornalistas ficaram cerca de 200 metros distante do local onde era feita a simulação.

Conforme Maria de Lourdes, a reconstituição mostrou a crueldade dos assassinos com as vítimas, que já mortas foram espancadas por Rafael e Weverson. “Ele (Weverson) disse que não sabe o que aconteceu. Só sentiu vontade de continuar com a crueldade e com espancamento”, informa a delegada.

A reconstituição começou no local onde os estudantes foram abordados, a 150 metros do bar 21, no momento em que entravam na caminhonete, de propriedade do pai de Leonardo, Paulo Fernandes.

De lá, os policiais fizeram todo o trajeto dos assassinos até o local onde os dois estudantes foram mortos, uma galeria pluvial na região do minianel rodoviário entre as saídas de Rochedo e Aquidauana (MS-060 e MS-080). Para a reconstituição o trânsito no local foi interrompido, formando uma fila de veículos nos dois sentidos da rodovia.

Conforme o perito Domingo Sávio Ribas, Breno foi morto primeiro, e segundos depois foi a vez de Leonardo, ambos com um tiro na cabeça.

De acordo com ele, o crime foi premeditado, já que Rafael esteve no local três dias antes do crime. “Foi um crime bárbaro, que chocou bastante”, afirma.

A delegada Maria de Lourdes reafirmou que a intenção dos bandidos desde o início era matar as vítimas e não mantê-las em cárcere para depois soltá-las. “Eles não tinham fita ou algo para amarrar Leonardo e Breno”, acrescenta.

Em dado momento da reconstituição, Weverson foi levado próximo à rotatoria, onde afirmou ter jogado as duas cápsulas do revólver usado no crime.

Weverson afirmou que enquanto dirigia o veículo abriu a porta do carro e jogou as cápsulas na estrada. A polícia não conseguiu encontrar os vestígios.

A simulação mobilizou cerca de 40 policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) e PRF (Polícia Rodoviária Federal).

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