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Capital

Idosa internada há 4 dias em UPA piora e família pede socorro

Michel Faustino | 18/07/2015 16:00
Idosa está internada desde quarta-feira e quadro de saúde está se agravando. (Foto: Arquivo Pessoal)
Idosa está internada desde quarta-feira e quadro de saúde está se agravando. (Foto: Arquivo Pessoal)

Familiares da aposentada Maria Belarmina dos Santos, de 72 anos, internada desde quarta-feira (15), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, após complicações provocadas por uma doença pulmonar crônica, denunciam o descaso do poder público e não sabem mais a quem recorrer para que a mulher seja transferida para um hospital.

Segundo a estudante Ariane Prudêncio, de 26 anos, a avó sofre de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e há anos ela faz tratamento no HU (Hospital Universitário) em Campo Grande.

Há pouco menos de duas semanas, ela começou a sentir dores e teve complicações por conta da doença. Neste período, a idosa chegou a ser encaminhada para a unidade de saúde, no entanto, segundo os familiares, ela não teve o atendimento adequado e foi liberada por duas vezes.

Nesta semana, Belarmina começou voltou a sentir fortes dores e novamente foi levada a UPA do Coronel Antonino, onde permanece internada até então.

De acordo com a neta, desde ontem, Belarmina está mal, delirando e ps médicos diagnosticaram um quadro avançado de infecção no pulmão. Na unidade de saúde, a resposta dos médicos é de que ali nada mais poderia ser feito e ela precisaria buscar atendimento especializado. Diante desta situação, a família teme que o pior aconteça.

“Nós estamos desesperados. Precisamos que ela seja transferida para um hospital para ter o atendimento adequado. Se ela ficar mais tempo lá ela pode morrer. Os próprios médicos já falaram que eles não tem mais o que fazer aqui e se não transferir ela vai morrer. Cadê o poder público nestas horas, será que vai precisar que ela estava já no fim pra resolverem fazer alguma coisa ?”, questionou.

Em contato com a central de regulação, a família foi informada de que não há vaga em nenhum hospital em Campo Grande, e que a paciente teria que aguardar.

“A gente está fazendo o que poder. Eu mesmo já fui na Santa Casa, no HU e até procurei a defensoria pública para tentar uma vaga, mas a resposta é sempre não”, disse a neta.

Sem previsão - O diretor de urgência e emergência do município, Frederico Garlipp, admitiu que a situação da idosa é preocupante, no entanto, ressaltou que o problema é crônico.

Segundo ele, no caso da idosa, ela só pode ser transferida para o HU, ou para o Hospital Regional, onde há especialistas. No entanto, os dois hospitais estão “abarrotados”.

De acordo com Garlipp, a equipe médica do Coronel Antonino afirmou que o quadro de saúde de Belarmina é estável, e no momento, a unidade oferece as condições adequadas para tal.

Quanto a possibilidade de uma transferência, o diretor é pessimista. “Infelizmente a gente tem que esperar abrir uma vaga em algum lugar. Assim que abrir a gente transfere, enquanto isso não tem o que fazer”, finalizou.

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