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Capital

Idoso que aguardou vaga por 8 horas morre ao ser internado em hospital

Natalia Yahn | 22/02/2016 07:22

O idoso Sebastião Nogueira da Silva, 62 anos, que aguardou durante oito horas por uma vaga no HU (Hospital Universitário) de Campo Grande, morreu na madrugada de hoje (22), aproximadamente 20 minutos após ser internado no HR (Hospital Regional).

O paciente foi transferido do hospital de Costa Rica, a 400 quilômetros da Capital, ontem (21) ao meio dia. E após enfrentar uma viagem de 4 horas e 30 minutos, aguardou do lado de fora do HU até 0h40, onde esperava por uma vaga para ser internado. Ele faleceu à 1h10, após ser levado para o HR sob escolta policial. A vaga para internação no HR foi disponibilizada pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), após o HU se recusar a internar o paciente.

A secretaria de Saúde de Costa Rica, Adriana Tobal, afirma que o idoso tinha uma vaga reservada desde que deixou o município. "A todo momento eu estava em contato com a central de regulação de vagas, e ele só veio para Campo Grande porque tinha a vaga disponível. Chegando na Capital aconteceu toda essa confusão. A polícia quase deu voz de prisão para o médico do HU. Mas em seguida o Estado conseguiu esta vaga no HR. Porém ele faleceu logo após dar entrada".

O estado de saúde de Sebastião era grave e ele precisava de um leito no CTI (Centro de Terapia Intensiva). "Ele deu entrada ontem (21), às 8 horas com insuficiência respiratória e renal, foi estabilizado e entubado. Ele precisava ir para o CTI, e nós não temos em Costa Rica", afirmou Adriana.

O corpo de Sebastião vai retornar para o município, onde será velado na capela pública, ainda sem horário previsto para ter início. O sepultamento será no cemitério municipal, também sem horário definido para acontecer.

Caso - A equipe médica, em uma UTI Móvel, foi autorizada pela central, por volta de meio dia, a encaminhar o paciente para o Hospital Universitário. Mas ao chegar no local, às 16h30, foram informados pela direção do HU que não havia condições de interná-lo por falta de local adequado. O ar condicionado do veículo já não funcionava mais, e a ambulância ficou com as portas abertas, devido ao calor. "A polícia foi até lá e conferiu o número da vaga dado para nós pela central era a mesma disponível no hospital", afirmou a secretária.

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