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Capital

Impacto do aumento de energia cairá sobre assalariados, afirma Associação

Paula Maciulevicius | 07/04/2011 20:01

Entidade de MS participa da elaboração de documento que será entregue à Aneel em audiência em Brasília

O aumento da tarifa de energia elétrica de 17,56%, terá impacto, sobretudo aos assalariados. A afirmação é da Abccon-MS (Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul), porque o reajuste é bem acima da inflação.

Segundo a coordenadora de serviços públicos da entidade, Maria Rita Barcelos, a associação participa da elaboração de um documento que será entregue à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em audiência que acontecerá em Brasília.

Ela afirma que o aumento da Enersul é o mais alto já dado deste ano para as concessionárias e questiona o acréscimo menor para as indústrias – que foi de 14% - e maior para o consumo residencial.

Segundo a visão da Associação, como as indústrias têm como repassar os custos para o consumidor, que já tiveram um aumento maior, são eles quem terminam arcando com o aumento de custos das indústrias. Dessa forma os assalariados absorvem o aumento duplamente: o próprio no seu consumo residencial e o repassado pelas indústrias no preço dos produtos.

A coordenadora Maria Rita ainda ressalta que as conseqüências são maiores para os de baixa renda, uma vez que também os comerciantes, além dos industriais, repassam o aumento para os produtos.

A entidade afirma que ontem houve uma reunião do Concen (Conselho de Consumidores de Energia Elétrica), que pretende cobrar em Brasília explicações para o aumento.

Impostos – Para o Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares) cerca de 49% do preço da tarifa é incidência de impostos que vão para o poder público.

O representante do Cedampo, Haroldo Borralho, afirma que com o aumento da tarifa aumenta a arrecadação dos cofres públicos e todos os poderes ganham em cima.

“Aumentando a arrecadação, aumenta o duodécimo e, portanto aumenta o repasse para Assembléia Legislativa, Judiciário e Ministério Público.”

Para o Cedampo o fato “engessa” as ações contra o aumento e tanto o executivo como o legislativo não têm interesse de fato em intervir para efetivamente questionar os aumentos, ainda que estes sejam abusivos.

De acordo com Haroldo há um círculo vicioso que somente será rompido com a intervenção da sociedade. “Que é quem, em última instância, paga a conta”, finaliza.

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