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Cidades

Impedido de sacar R$ 9,5 mil, cliente aciona Polícia

Danúbia Burema | 02/12/2010 14:50
Agente penitenciário reclama do procedimento bancário de agendamento de saques. (Fernando Dias)
Agente penitenciário reclama do procedimento bancário de agendamento de saques. (Fernando Dias)

Impedido de sacar R$ 9,5 mil em uma agência bancária da Caixa Econômica Federal na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, um cliente decidiu acionar a Polícia Militar na tentativa de conseguir o dinheiro de sua conta corrente. O caso ocorreu no início desta tarde em Campo Grande.

Gustavo Motta, de 31 anos, agente do Presídio Federal, afirma que teve uma emergência médica com o filho de um ano e por isso não pôde agendar o saque, conforme determina o banco. “É humanamente impossível você prever uma emergência médica”, justifica.

Ele diz que explicou a situação à gerência da Caixa, mas foi orientado a “peregrinar” por outras agências até conseguir reunir a quantia, porque onde estava o cofre já havia sido aberto e isso é feito apenas uma vez ao dia. “Esse é um problema de segurança do banco e o cliente não pode ser penalizado”, defende.

Para o cliente, além do transtorno de não poder sacar seu dinheiro, a situação trouxe constrangimento e por isso ele irá recorrer à Justiça. “O dinheiro está na minha conta e não querem entregar. Isso é apropriação indébita”, avalia Motta, que diz ter cursado Direito.

Depois de duas horas de impasse no local, ele decidiu acionar a PM e dois policiais do 9° batalhão foram ao banco. A presença dos policiais atraiu a atenção dos funcionários e clientes da agência.

Em conversa com a gerente, que não quis dar entrevista, os policiais foram informados de que não havia dinheiro disponível no caixa, pois se houvesse o pagamento já teria sido feito.

A gerência informou ainda à PM que orientou o cliente a sacar R$ 5 mil e procurar sua agência de origem na tentativa de obter a quantia desejada. À reportagem, a gerente alegou que o limite de saque faz parte do esquema de segurança do banco e que foram dadas alternativas ao cliente.

Dentro da agência, PM conversou com gerente e situação atraiu atenção dos funcionários. (Fernando Dias)
Dentro da agência, PM conversou com gerente e situação atraiu atenção dos funcionários. (Fernando Dias)

Direitos - A reportagem do Campo Grande News consultou o Procon-MS sobre o caso. O superintendente do órgão, Lamartine Ribeiro, explica que o provisionamento do dinheiro é acordado entre o banco e o cliente no momento da assinatura do contrato.

Contudo, ressalta Lamartine, muitos clientes não lêem todos os termos antes de contratar o serviço. O superintendente afirma que o limite de saque de R$ 5 mil e a necessidade de agendamento para retirar valores superiores a essa quantia não são exclusividade da Caixa, pois esse procedimento é adotado em todos os demais bancos.

Questionado sobre como fica o consumidor que precisar de alta quantia para uma emergência, ele lembra que em quase todas as situações há como resolver de outra maneira. No caso de uma emergência médica, ressalta, o pagamento ao hospital pode ser feito com um cheque, no cartão ou por meio de uma Transferência Eletrônica Disponível.

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