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Capital

Incêndio em condomínio de luxo da Capital causa tumulto e desespero

Fabiano Arruda e Viviane Oliveira | 02/10/2011 08:40
Prédio não tinha saída para fumaça, segundo testemunha.
Prédio não tinha saída para fumaça, segundo testemunha.

Desespero e muito tumulto fizeram parte da madrugada de moradores do condomínio Leonardo da Vinci, na Rua Amazonas, bairro Monte Castelo, em Campo Grande, neste domingo. O edifício tem duas torres com cerca de 40 apartamentos cada.

Tudo por conta de incêndio iniciado no apartamento 904 do 9º andar, na segunda torre, por volta das 2 horas. Um jovem de 24 anos morreu por intoxicação.

Pelo menos 12 viaturas do Corpo de Bombeiros estiveram no local para combater as chamas. O alarme do edifício disparou e causou pânico.

As primeiras orientações dos bombeiros eram para que todos os moradores deixassem o local. Ao passar do tempo e com o aumento do fogo, a determinação foi modificada e os militares pediram que os residentes dos andares superiores ao 9º andar permanecessem, já que a fumaça tomou conta das escadas, disseram testemunhas.

Informações preliminares dão conta que a vítima Giovanni Sergio Dolabani Leite, de 24 anos, teria descido as escadas e inalado muita fumaça.

Equipe da perícia da Plaenge, construtora do edifício, está no local neste momento. O condomínio está isolado e totalmente evacuado. Moradores só podem entrar no local para pegar alguns pertences e têm de sair logo em seguida. A orientação da síndica do condomínio é que as pessoas que moram no local não falem com a imprensa.

Desespero - Uma mulher de 29 anos, moradora do prédio, relata os momentos de desespero nesta madrugada.

Ela, que mora no local há dois anos, conta que o maior problema para a evacuação é que muita gente estava dormindo e demoraram para se dar conta do incêndio, o que só ocorreu após o alarme do prédio soar.

A própria moradora admite que ficou sabendo pela cunhada, que mora do outro lado da rua, em frente ao prédio, e a avisou que havia “algo errado”.

“Quando desci havia muita fumaça na escada”, relata, descrevendo que houve tumulto quando os moradores se deram em conta do incêndio.

“No desespero muita gente tentou descer”, completa ela, que estava no apartamento com o filho de oito anos e outras três pessoas.

Já o enfermeiro Jorge Souza Pereira, 37 anos, que estava a trabalho num dos apartamentos do condomínio, no quinto andar, cuidando de um paciente de 83 anos, narra que houve muito grito e desespero.

Ele diz que quando se deu conta da situação orientou à esposa do idoso e as outras netas do paciente para deixarem o local.

“O bombeiro falou que era para evacuar. Tive que descer com ele (idoso) no braço”, descreve, confirmando que havia muita fumaça nas escadas. Ele ainda revela que, ao sair nas escadas, encontrou um homem, desesperado, que dizia que seu filho havia morrido.

As primeiras informações apuradas com testemunhas dão conta que o incêndio teria começado no apartamento do 9º andar após um morador da residência ter deixado uma roupa cair no aquecedor, na área de serviço. As chamas teriam se iniciado porque a tubulação do edifício é a gás.

Testemunhas confirmaram ao Campo Grande News que as chamas pareciam ter começado efetivamente na área de serviço ou cozinha.

Outra informação, agora repassada pelos Bombeiros, é que pode ter ocorrido erro na evacuação, já que a escada de incêndio não teria sido isolada, fazendo com que a fumaça se alastrasse rapidamente.

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