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Capital

Indícios apontam que menina de 16 anos não foi estuprada após pegar carona

Bruno Chaves | 17/12/2013 17:53

A jovem de 16 anos que procurou a Polícia Civil no último dia 8 depois de pegar carona com três homens na volta de uma festa e acordar embriagada na Avenida Três Barras, atrás do bairro Moreninhas, em Campo Grande, pode não ter sido estuprada como contou em boletim de ocorrências.

De acordo com o delegado que investiga o caso, Paulo Sérgio Lauretto, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), nem a vítima e nem os acusados se lembram, ao certo, do que aconteceu na noite do dia 7.

“Ouvimos todo mundo, vítima e acusados, e não ficou clara a situação de estupro. Tudo indica que eles ingeriram grande quantidade de bebida alcoólica e não ocorreu o crime sexual”, explicou Lauretto.

O delegado ainda conta que só o laudo pericial feito na jovem poderá indicar se ela foi violentada, já que os depoimentos dos envolvidos apontam que não houve abuso.

“Normalmente, o laudo fica pronto em 10 dias. Mas como o exame foi feito na delegacia de plantão, pode ser que demore um pouco mais”, esclarece.

Além de aguardar o laudo pericial para fechar o caso, Lauretto solicitou o uma cópia do prontuário médico da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, onde a adolescente foi atendida após ser encontrada na rua.

Se os exames laboratoriais constatarem que ela estava embriagada, os homens poderão responder pelo crime de entregar bebida alcoólica a crianças e adolescentes, cuja pena de detenção varia de dois a quatro anos de reclusão e multa.

Dos homens acusados pela jovem de estupro, dois são maiores de idade e um possui 15 anos.

Caso – No registro policial, a adolescente conta que saiu de casa na noite de sábado (7) e foi para a Praça das Araras, onde ocorria uma festa. Lá, ela conheceu um rapaz de 19 anos que ofereceu carona na hora de ir embora.

A jovem aceitou a oferta e entrou no carro, que segundo relato dela era ocupado por mais dois homens e uma menina.

Da festa, eles seguiram para o Motel Classic, na saída para São Paulo, onde começaram a brincar de verdade ou desafio com o controle da televisão em cima da mesa.

A regra, para quem não quisesse falar a verdade era tomar uma dose de conhaque como punição. A menina tomou várias doses da bebida e disse que não conseguia se lembrar do que aconteceu.

Ela contou que se recordava, apenas, que antes de perder a consciência foi desafiada a fazer sexo com os três homens.

A jovem foi encontrada no domingo (8) na Avenida Três Barras no fundo das Moreninhas. Ela, que estava com marcas roxas nas pernas e no braço, com a roupa suja e sem o celular, foi levada para o posto de saúde do bairro Universitário.

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