Informações ainda são desencontradas sobre desaparecimento de adolescente
Polícia já ouviu três testemunhas que foram abordadas pela Cigcoe junto com o garoto
As informações sobre o adolescente de 16 anos que desapareceu depois de uma abordagem da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), no Jardim Imperial, na última segunda-feira (29) ainda são “desencontradas”.
A Companhia afirma que não apreendeu o garoto. Segundo o major Silva Neto será instaurado procedimento para averiguar a abordagem feita pelos policiais. O major ainda assegura que ninguém foi detido durante a ação.
O caso passou pela Deaij (Delegacia especializada de Atendimento à Infância e Juventude) e agora está na Depca (Delegacia especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
Segundo a delegada da Deaij, Maria de Lourdes Cano, já foram ouvidas três testemunhas que garantem que só o menor foi levado pelos policiais. Ao todo seriam mais de oito pessoas abordadas no local.
Para o advogado da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, Oswaldo Pimenta, algo de errado está por trás da história. Ele fala que esteve presente na Deaij ontem, quando o Ciops disse que não tem registros da abordagem policial do Cigcoe no sistema.
O advogado encaminhou documento solicitando ao Ministério Público apuração urgente dos fatos. Oswaldo Pimenta deve entrar com pedido de preservação de testemunhas para as pessoas que prestaram depoimento.
Na Depca, a polícia está fazendo o levantamento e aguarda para ouvir as testemunhas que foram abordadas junto ao adolescente, na tentativa de localizar o garoto.
O caso - Segundo a mãe do garoto Elisângela dos Santos, testemunhas falaram sobre a operação no Jardim Imperial, por volta das 22 horas da última terça. “Contaram que 9 pessoas foram abordadas, mas só levaram o meu filho, depois de baterem nele”, diz a mãe.
Sem informações, ela resolveu também procurar a Comissão dos Direitos Humanos da OAB, que acompanha o caso.
De acordo com a Cigcoe, os policiais foram acionados para irem ao Jardim Imperial atender uma ocorrência de disparo de arma de fogo. No local abordaram quatro garotos, entre eles o que está desaparecido. Eles foram revistados, mas nada de irregular foi encontrado e foram então liberados.
Conforme a Companhia, o adolescente que está sendo procurado pela família declarou aos policiais que havia fugido da casa onde morava com a mãe e estava residindo com amigos no bairro Nova Lima. Falou ainda que a mãe morava em uma casa de prostituição.
A mãe do menino, a dona de casa Elizângela dos Santos, de 34 anos, disse ao Campo Grande News que já procurou pelo filho em diversos locais, incluindo delegacias.