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Infraero inverte cronograma e antecipa volta de voos noturnos para dia 22

Lidiane Kober | 15/10/2013 16:37
Desde primeiro de setembro, usuários enfrentam a superlotação no aeroporto de Campo Grande (Fotos: Marcos Ermínio)
Desde primeiro de setembro, usuários enfrentam a superlotação no aeroporto de Campo Grande (Fotos: Marcos Ermínio)

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) decidiu inverter o cronograma de obras na pista do Aeroporto Internacional de Campo Grande e antecipou a liberação de oito voos noturnos para 22 de outubro. Desde primeiro de setembro, o aeroporto está fechado das 21h às 7h e o usuários acumulam prejuízos, com o aumento no preço das passagens e com os transtornos diante da redução de voos e da superlotação do aeroporto em horários de pico.

Por erro de cálculo na licitação, a obra, orçada em R$ 13,1 milhões, começou 33 dias após a suspensão dos voos. Diante do atraso, a tendência era de os trabalhos seguirem até o período de festas de fim ano e agravar o caos de quem deixa para viajar na época de mais movimento.

Pelo cronograma inicial, a primeira etapa da obra seria feita de primeiro de setembro a 20 de outubro e a segunda fase terminaria em 15 de novembro. No período, oito voos seriam suspensos das 21h às 7h todos os dias. Na terceira etapa, de 15 de novembro 13 de janeiro de 2014, a via seria interditada das 23h às 5h.

O cronograma, inclusive, levou em conta o movimento maior de final de ano, daí a redução do horário de suspensão de voos noturnos no período de festas. O problema é que com o atraso de 33 dias a lógica seria a primeira etapa encerrar em 24 de novembro e a segunda, um mês depois, na véspera de Natal.

Dessa forma, segundo a assessoria de imprensa da Infraero, os voos voltam ao normal a partir de 22 de outubro e os trabalhos da pista serão retomados apenas após passada a alta temporada e o período de chuvas. Enquanto isso, a Anfer Construções e Comércios Ltda, contratada para fazer a obra, atuará na pista de taxiamento e no pátio do aeroporto.

Ainda de acordo com a assessoria da Infraero, de quatro de outubro até hoje (15), a empresa recuperou o balizamento e trechos mais danificados da pista principal. A partir de março de 2014, será concluída a recuperação total e serão feitas as ranhuras para ajudar no escoamento da chuva. Questionada se no período os voos noturnos serão novamente suspensos, a assessoria informou que a decisão sairá apenas no ano que vem.

Manoel Lacerda pagou R$ 1,3 mil por passagem que, em média, custava R$ 300
Manoel Lacerda pagou R$ 1,3 mil por passagem que, em média, custava R$ 300

Transtornos – Desde 1º de setembro, a suspensão de voos noturnos está gerando prejuízos e transtornos, principalmente, aos empresários, políticos, autônomos e a agências de turismo. “O preço da passagem triplicou, fora o tempo que a gente está perdendo por causa da redução dos voos”, comentou o advogado Manoel Lacerda, 68 anos.

Por mês, ele passa pelo menos cinco vezes pelo aeroporto e está indignado com a falta de consideração com os usuários. “O que a gente vê é que a Infraero não representa o consumidor e está de conluio com as empresas aéreas”, comentou. “Os voos estão lotados e paguei R$ 1,3 mil por uma passagem de São Paulo a Campo Grande que, em média custa R$ 300”, completou.

Responsáveis pela recepção de turistas no aeroporto, Ana Heloísa Veras Galante, 22 anos, e Jeferson Mafra, 26, também estão sentindo os efeitos negativos da suspensão de voos à noite. “Os turistas reclamam da superlotação e, principalmente, da falta de esteiras para as bagagens. Eles acabam ficando com a impressão de chegar a uma Capital subdesenvolvida”, comentou Ana.

Jeferson, por sua vez, ouve queixas da falta de estacionamento e da marcação serrada dos agentes de trânsito. “Antes, era difícil ver os amarelinhos aqui, agora, que está superlotado, eles não perdoam”, disse.

Mais reforma – Além da pista, a sala de desembarque do aeroporto está em reforma, desde setembro do ano passado, para ampliação e instalação de duas novas esteiras. A previsão é concluir a obra, com previsão inicial de término em quatro meses, em novembro. No total, o contrato tem valor de R$ 1.257.292,64.

Jerson ouve dos turistas queixas sobre a falta de estacionamento
Jerson ouve dos turistas queixas sobre a falta de estacionamento
Para Ana, a maior reclamação dos clientes é sobre a falta de esteiras de bagagens
Para Ana, a maior reclamação dos clientes é sobre a falta de esteiras de bagagens
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