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Capital

Interdição da antiga rodoviária causou prejuízos de até R$ 14 mil a lojistas

Michel Faustino e Flávia Lima | 05/11/2015 16:43
Apesar de problemas, Celso Gabriel não pensa deixar o local. (Foto: Fernando Antunes)
Apesar de problemas, Celso Gabriel não pensa deixar o local. (Foto: Fernando Antunes)
Zé Paulino disse que está esperançoso e espera que clientes voltem a frequentar o Centro Comercial. (Foto: Fernando Antunes)
Zé Paulino disse que está esperançoso e espera que clientes voltem a frequentar o Centro Comercial. (Foto: Fernando Antunes)

Os comerciantes do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, onde funcionava a antiga estação rodoviária, alegam prejuízos que chegam a R$14 mil em decorrência da interdição do prédio, que durou uma semana. Ontem (04), o Corpo de Bombeiros concedeu alvará provisório, com validade de 90 dias, para que as atividades no local pudessem ser retomadas.

Um dos mais prejudicados por conta dos dias parados foi o empresário Celso Gabriel da Silva, 42 anos, proprietário de uma fábrica de salgados congelados.

O empresário conta que distribui de 500 a 800 salgados por dia, mas já chegou a entregar 2 mil. Ele conta que muitos clientes que deixaram de ser atendidos durante os dias que ele esteve com a empresa fechada buscaram outros fornecedores, e por conta disso, a demanda diminuiu.

Gabriel ressalta que, apesar de todos os problemas, ele não pretende deixar o local, e avalia a interdição como uma situação superável. “Inclusive eu me juntei aos demais comerciantes para juntos a gente fazer o que dava pra tentar abrir aqui novamente. Mesmo com toda essa instabilidade eu não penso em sair daqui. Porque o preço do aluguel é bom e o prédio é bem localizado, tem um estacionamento grande e oferece todas as condições para que o cliente possa vir até aqui”, disse.

Instalado há 36 anos no prédio da antiga rodoviária, o comerciante José Paulino, 72 anos, ou “Zé Paulino”, como é chamado pelos fregueses, conta que nos dias anteriores ao fechamento, os clientes praticamente sumiram, em virtude da instabilidade que a notícia que o prédio seria interditado pelos bombeiros.

“Infelizmente o nosso movimento já não estava bom, aí quando começou a ser divulgado que o prédio aqui tinha alguns problemas, e poderia ser fechado a qualquer momento, o pessoal que passava aqui pra comprar um calçado, uma camiseta ou cinto, por exemplo, não estava vindo mais. A gente ficou quase uma semana assim até fechar de vezes”, disse.

Agora, feitas as devidas adequações, Zé Paulino se diz esperançoso e espera que, não só ele, mas todos os comerciantes voltem a viver “tempos áureos”.

“Eu cheguei a ter quatro funcionários e a loja vivia cheia de gente. O movimento era muito grande, não só aqui, mas em todas as outras lojas. A gente espera que a população entenda que aqui é um lugar bom pra visitar e volte a comprar aqui. E estamos caminhando pra isso”, comentou.

Com alvará em mãos, sindica reitera que mesmo que provisória, o prédio não corre risco de ser fechado novamente. (Foto: Fernando Antunes)
Com alvará em mãos, sindica reitera que mesmo que provisória, o prédio não corre risco de ser fechado novamente. (Foto: Fernando Antunes)

A sindica do Centro Comercial, Rosane Nely Lima, reitera que mesmo o alvará sendo provisório, o prédio não corre o risco de ser novamente interditado, e pode ser prorrogado por mais 90 dias ou até que o projeto de readequação total do prédio seja concluído, que inclui sinalização, rota de fuga em caso de sinistro, iluminação e emergência; brigada de combate a incêndio e ART de um engenheiro eletricista com um projeto das instalações elétricas.

A reabertura só foi possível com apoio dos 50 lojistas, ainda com comércio aberto no local, que se uniram e juntaram R$ 80 mil para instalar a estrutura mínima de prevenção e combate a incêndios exigida pela corporação.

As escadas ganharam corrimão para atender as exigências do Corpo de Bombeiros. (Foto: Fernando Antunes)
As escadas ganharam corrimão para atender as exigências do Corpo de Bombeiros. (Foto: Fernando Antunes)
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