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Capital

Invasão aumenta sem controle em área de preservação ambiental

Viviane Oliveira | 12/01/2014 08:08
Enquanto nada é feito, as ocupações tem se multiplicado a cada dia como forma de pressionar os órgãos públicos por moradias populares. (Foto: Cleber Gellio)
Enquanto nada é feito, as ocupações tem se multiplicado a cada dia como forma de pressionar os órgãos públicos por moradias populares. (Foto: Cleber Gellio)

Centenas de famílias estão vivendo em área de preservação ambiental às margens do córrego Lageado, na Rua Osvaldo Aranha, no bairro Colibri II, saída para São Paulo, em Campo Grande. Inconformados, os moradores da região reclamam da situação e cobram providência por parte da Prefeitura.

Enquanto nada é feito, as ocupações tem se multiplicado a cada dia como forma de pressionar os órgãos públicos por moradias populares. As famílias no local alegam que por necessidade e falta de condições de pagar aluguel foram obrigadas a invadir o espaço. A área verde foi destruída para dar espaço aos barracos e os terrenos divididos no tamanho 10 por 20. A água é improvisada e a energia elétrica clandestina.

O pedreiro Juscelino Bambil, 23 anos, morava em Coronel Sapucaia e há pouco mais de 1 ano se mudou para Campo Grande em busca de oportunidades. Ele conta que não conseguiu pagar aluguel e foi obrigado a montar um barraco no local, que estava começando a ser invadido. “Nós queremos que a Prefeitura regularize os lotes para vivermos com dignidade”. diz.

Juscelino mora no local há 10 meses. (Foto: Cleber Gellio)
Juscelino mora no local há 10 meses. (Foto: Cleber Gellio)
José diz que por falta de opçãoresolveu se mudar com a família para a área. (Foto: Cleber Gellio)
José diz que por falta de opçãoresolveu se mudar com a família para a área. (Foto: Cleber Gellio)
O pastor João tem uma casa e uma igreja no bairro Moreninhas, no entanto, diz que pretende montar mais uma igreja no lote invadido. (Foto: Cleber Gellio)
O pastor João tem uma casa e uma igreja no bairro Moreninhas, no entanto, diz que pretende montar mais uma igreja no lote invadido. (Foto: Cleber Gellio)

Por outro lado tem gente que aproveita da situação para se beneficiar, como por exemplo, o pastor João Moreira de Souza, 54 anos. Ele tem uma casa e uma igreja no bairro Moreninhas e invadiu o local porque pretende montar mais uma igreja. “Nesta região tem muita gente que precisa ser liberta”, justifica.

O vendedor José Francisco Lima, 47 anos, conta que morava de aluguel na região do aeroporto e sempre passava pelo local, quando viu os barracos sendo montados. Por falta de opção, segundo ele, resolveu se mudar com a família para a área. “Todos os lotes aqui estão ocupados”, afirma, dizendo que é um dos representados dos moradores da área invadida, que acabou ganhando o nome de Cidade de Jesus.

Há 7 anos na região, um morador do bairro Colibri reclama da invasão e diz que fica revoltado com a destruição que as famílias estão causando no local. “Eles estão acabando com as árvores e jogando tudo quanto é tipo de sujeira no córrego. Aqui não é lugar de jogar lixo”, lamenta.

Os moradores afirmam que no local será construída uma avenida para a Rua Osvaldo Aranha, que liga a Avenida Gury Marques ao bairro Cohab, virar uma via de mão dupla. “Pelo menos é o que a Prefeitura promete há anos”.

A Prefeitura foi procurada pelo Campo Grande News, mas até o fechamento desta matéria não havia se pronunciado.

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