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Capital

Invasores descarregam até caminhão de tijolos em área invadida

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 29/07/2014 15:28
Um caminhão de tijolos foi descarregado na tarde de hoje em área ocupada na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
Um caminhão de tijolos foi descarregado na tarde de hoje em área ocupada na Capital (Foto: Marcelo Calazans)

Sem serem incomodadas pelo poder público, dono da área invadida há quase uma década, famílias decidiram investir no local e transformar barracos em casas de alvenaria. Na tarde de hoje, o Campo Grande News acompanhou o descarregamento de um caminhão de tijolos.

Os invasores ocuparam a área destinada para a construção de uma praça no Jardim Jacarandá há sete a oito anos, segundo um morador, que pediu para não ser identificado. Ele estima que 25 famílias estão na área, que fica na região do Bairro Mata do Jacinto.

Na tarde de hoje, o vendedor Alessandro Paulino, 28 anos, descarregou um caminhão de tijolos. Ele contou que mora em um barraco com o pai. “A área está invadida há mais de 10 anos”, justificou-se. Ele citou ainda que as famílias fazem a limpeza do terreno, que pertence ao município.

Paulino contou que somente nesta terça-feira (29), eles retiraram dois caminhões de lixo da área para iniciar a nova construção. “O prefeito não manda limpar”, criticou.

Moradores começam a melhorar estrutura de barracos em área invadida (Foto: Marcelo Calazans)
Moradores começam a melhorar estrutura de barracos em área invadida (Foto: Marcelo Calazans)

Amigo de Paulino, o estudante William de Souza Neves, 20, apóia a ocupação da área. Ele destacou que a área estava suja e abandonada até a invasão das famílias. No local da área invadida, as famílias contam até com luz elétrica fornecida oficialmente pela Enersul, que até instalou padrão nos barracos.

Um morador da região lamenta a implantação da favela perto de casa. Ele temem pela segurança da família e até vê atos de vandalismo no local.

Esta não é a única área invadida em Campo Grande. Somente os índios montaram seis acampamentos em regiões distintas. A Emha (Agência Municipal de Habitação) estima que 350 famílias indígenas precisam de casa na Capital, mas elas só serão contempladas com a terceira do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo federal.

Após quase ser extinta na cidade, as favelas voltam a fazer parte do cenário urbano no município.

A Prefeitura foi procurada para falar sobre o assunto na tarde de hoje, mas prometeu se manifestar após receber email encaminhado pelo Campo Grande News.

Barracos e favelas se proliferam e voltam a ficar visíveis na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
Barracos e favelas se proliferam e voltam a ficar visíveis na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
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