ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Jovem confessa que empinou moto, mas nega manobra antes de queda

Filipe Prado | 26/01/2015 11:04
Thiago confessou que empinou a moto quadras antes (Foto: Marcelo Calazans)
Thiago confessou que empinou a moto quadras antes (Foto: Marcelo Calazans)

O motociclista Thiago Ângelo de Lima, 22 anos, confessou que empinou a motocicleta na Avenida Ernesto Geisel antes da queda no Rio Anhanduí, que causou a morte da estudante Victória Nunes Fretes, 17. No entanto, ele destacou que a manobra arriscada ocorreu minutos antes e que não se lembra do momento do acidente.

Conforme o advogado de defesa, Marlon Ricardo Lima Chaves, a acusado não se lembra do que aconteceu no momento do acidente, quando perdeu o controle da moto, bateu em uma árvore e acabou derrubando a namorada e o veículo no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Horto Florestal.

Thiago estava levando a adolescente para uma pista de manobras (Foto: Marcelo Calazans)
Thiago estava levando a adolescente para uma pista de manobras (Foto: Marcelo Calazans)
O advogado afirmou que Thiago não se recorda do acidente (Foto: Marcelo Calazans)
O advogado afirmou que Thiago não se recorda do acidente (Foto: Marcelo Calazans)

O delegado responsável pelo caso, Miguel Said, da 1ª delegacia de polícia, afirmou que Thiago ia a um evento de manobras próximo ao Detran, na saída para Rochedo. Ele almoçou na casa da adolescente e depois foram para o local.

No meio do caminho, o acusado empinou a moto, já com a adolescente como passageira. Mas Thiago afirmou que não se recorda se realizou a mesma manobra em frente ao Horto Florestal. O advogado ainda admitiu que testemunhas alegaram que um desnível na pista fez com que o acusado perdesse o controle, porém o motociclista não pode confirmar a informação.

“Ele só lembra do que aconteceu antes e depois, quando acordou na Santa Casa”, contou Marlon.

Said ouviu preliminarmente o acusado por 1h15 e assegurou que Thiago ainda não está sendo indiciado pelo crime. “Nós vamos esperar os laudos periciais e esperar a perícia da moto. Quando formar o juízo de convicção, afirmo pelo o que ele será indiciado”, explicou.

O delegado ainda afirmou que em 2014, Thiago foi abordado pela polícia quando realizava manobras com uma pessoa na garupa da moto, mas não confirmou que a ação tenha sido feitas mais vezes.

Pessoas que estavam no momento do acidente estão sendo ouvidas pela polícia, conforme o delegado. A família de Victória ainda não compareceu à delegacia, porque “não tem condições psicológicas e estão morando em outra cidade”.

“Esperamos que, no máximo, ele seja indiciado por homicídio culposo. Ele está aqui para assumir a responsabilidade pelo fato”, esclareceu o advogado.

Caso a polícia conclua que ele assumiu o risco ao empinar a motocicleta, Thiago pode responder por homicídio doloso, com pena de 12 a 30 anos de reclusão.

No entanto, se não houver dolo, ele responderá por homicídio culposo e a pena pode chegar a quatro anos.

O motociclista quebrou a clavícula e a perna (Foto: Marcelo Calazans)
O motociclista quebrou a clavícula e a perna (Foto: Marcelo Calazans)
Nos siga no Google Notícias