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Capital

Jovem é condenado a 16 anos de prisão por matar ‘fofoqueiro’ a tiros

Rafael da Silva tinha rixa com Alexandre Torres e o matou porque rival teria espalhado mentira sobre ele

Anahi Zurutuza | 16/09/2016 14:40
Rafael, no dia 13 de novembro de 2014, quando se apresentou à polícia (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Rafael, no dia 13 de novembro de 2014, quando se apresentou à polícia (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Rafael Correa da Silva, de 23 anos, foi condenado a 16 anos de reclusão em regime fechado por matar com quatro tiros, sendo dois na cabeça, Alexandre da Silva Torres, no bairro Estrela do Sul – no norte de Campo Grande – em 2014. Ele foi a júri popular manhã desta sexta-feira (16).

Uma fofoca feita pela vítima a respeito do assassino motivou o crime, conforme concluiu a Polícia Civil na época. Em entrevista ao Campo Grande News há dois anos, o delegado Weber Luciano, titular da 2ª Delegacia de Polícia, Rafael e Alexandre tinham uma rixa porque a vítima teria espalhado pelo bairro que o homicida era “talarico”, gíria que significa homem que sai com mulher de preso.

Rafael se entregou à polícia três dias depois do crime e justificou que estava sendo ameaçado por Alexandre, por isso teria matado o rival.

O crime – O homicídio aconteceu na noite de 10 de novembro de 2014, na rua Mestre Valentim. Rafael e Alexandre teriam se encontrado e, segundo relatou o assassino, a vítima que vinha fazendo várias ameaças contra o jovem, teria dito: “é bom você estar armado”.

Foi quando, Rafael sacou o revólver e atirou contra o homem, disparando quatro tiros que acertaram Alexandre nas costas, peito e cabeça.

A mulher a vítima presenciou o crime e ficou apavorada, conforme argumentou a acusação durante o júri.

Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande (Foto: TJMS/Divulgação)
Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande (Foto: TJMS/Divulgação)

Julgamento – Os advogados de Alexandre alegaram legítima defesa, mas a maioria dos jurados entendeu que o rapaz era culpado pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe – a suposta fofoca – e recurso de dificultou a defesa da vítima, uma vez que o primeiro tiro foi dado nas costas, indicando que Alexandre teria tentado fugir.

O júri também condenou Rafael por porte ilegal de arma de fogo. Ele comprou o revólver já na intenção de “se livrar” do rival, segundo a acusação. Mas, alega que na verdade, tinha a intenção de se defender.

Pelo homicídio, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, fixou a pena de Rafael em 15 anos de reclusão, mas reduziu em seis meses porque o réu confessou o crime e não atrapalhou a investigação. “Não merece redução maior, porque o homicídio foi presenciado por outras pessoas, inclusive, pela esposa da vítima. Logo, sua confissão não foi preponderante para a descoberta da autoria”.

Já pelo porte de arma, o magistrado determinou pena de 2 anos e quatro meses de prisão. Rafael terá de cumprir, portanto, pena de 16 anos e dez meses em presídio.

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