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Capital

Jovens em Uno fazem ‘arrastão’ no Universitárias; sentimento na região é de medo

Jeozadaque Garcia e Nadyenka Castro | 31/01/2012 21:26

Na manhã de hoje, três pessoas foram assaltadas pela dupla; comerciante já foi roubada três vezes

Mulher de 50 anos, que preferiu não se identificar, foi assaltada na porta de casa. (Foto: João Garrigó)
Mulher de 50 anos, que preferiu não se identificar, foi assaltada na porta de casa. (Foto: João Garrigó)

Sentimento de medo e revolta se misturam na cabeça dos moradores do Núcleo Habitacional Universitárias, região sul de Campo Grande. Na manhã desta terça-feira (31), moradores foram vítimas de um ‘arrastão’ feito por dois rapazes em um Uno Branco. O bairro, antes tido como tranquilo, agora é alvo de bandidos.

“Eu estava esperando o ônibus, na porta de casa, quando eles passaram de carro e pararam na rua aqui do lado. Eles desceram, vieram e levaram corrente, relógio, bolsa”, conta uma mulher de 50 anos, que mora há 25 no bairro.

Ela foi uma das vítimas dos bandidos na manhã de hoje, quando esperava o ônibus para ir ao trabalho, na Santa Casa de Campo Grande. Nos três assaltos registrados num intervalo de 10 minutos, a ação foi parecida.

Eles se aproximam da vítima, descem juntos do carro e, sob ameaça, levam pertences como bolsas, carteiras, joias e dinheiro. O carro, de acordo com testemunhas, tem um amassado na parte traseira.

“Eu comecei a gritar e minha mãe veio ver o que era. Na mesma hora, enquanto um me roubava, o outro roubava minha vizinha, que também estava no portão da casa dela”, relata ela, que mora na casa com a mãe e o filho de 19 anos.

Bairro de ruas aparentemente tranquilas tem sido visitado por bandidos. (Foto: João Garrigó)
Bairro de ruas aparentemente tranquilas tem sido visitado por bandidos. (Foto: João Garrigó)

“Agora eu sinto medo. Tenho que me cuidar mais, pois pego ônibus cedo todo dia. Ainda bem que o portão vive trancado”, finaliza.

Pouco tempo depois, uma jovem de 24 anos foi abordada pelos bandidos. Ela estava em um ponto de ônibus na rua Valdemiro dos Santos quando a dupla chegou. Além de documentos, ela perdeu cartões e um aparelho de telefone celular.

“Pensei que iria morrer. Foi um desespero só”, resumiu.

Minutos após, na rua Hanses, os bandidos atacaram novamente. Desta vez, uma mulher de 36 anos que voltava pra casa perdeu uma mochila.

Nos três casos, os bandidos não mostraram armas, mas fizeram menção de estarem armados. Conforme as testemunhas, eles são jovens, magros e bem vestidos.

Na loja de Márcia, grades foram colocadas para conter a ação dos bandidos. (Foto: João Garrigó)
Na loja de Márcia, grades foram colocadas para conter a ação dos bandidos. (Foto: João Garrigó)

Grades – A comerciante Márcia Oliveira, de 47 anos, conhece bem a violência do bairro. Ela tem uma loja de presentes e roupas na rua Agripino Grieco há um ano e dois meses, e já foi assaltada três vezes.

“Tive que colocar grades”, lementa, contando ainda a ousadia do bandido durante o último furto. “Ele veio de bicicleta e saiu com as roupas em sacos. Tive um prejuízo de quase R$ 5 mil”, lembra.

A última ação aconteceu no mês de junho do ano passado. Segundo ela, falta policiamento nas ruas do bairro.

“Nós vamos embora com o pensamento na loja. Alguns vizinhos veem a ação, mas não fazem nada por medo. Hoje, o dia todo, não passou uma viatura da PM por aqui”, finaliza.

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