Jovens são sequestrados em saída de bar, apanham, mas conseguem fugir

Dois jovens de 22 e 23 anos foram sequestrados por volta das 4h20 quando saíam de um bar, na Rua Pajuçara, na Vila Antônio Vendas, em Campo Grande. Eles foram feitos reféns, amordaçados com pano, vendados, amarrados com fita adesiva, cinto e cardaço de sapato. Os bandidos levaram vários objetos e o veículo VW Gol de uma das vítimas.

Conforme boletim de ocorrência, os rapazes contaram que saíram do Bar Fly e quando entravam no carro estacionado perto da casa noturna, foram surpreendidos por dois homens, um deles armado, que entraram pelas portas traseiras e anunciaram o assalto.

O motorista foi obrigado a dirigir sob as orientações dos suspeitos até que em determinado momento o bandido assumiu a direção e a vítima foi colocada no banco de trás. Enquanto isso, um terceiro comparsa seguia o carro de motocicleta. Os dois reféns tiveram que permanecer com a cabeça debruçada sobre o painel o tempo todo.

Eles foram levados para a Vila Margarida, onde um quarto comparsa entrou no veículo e passou a bater com uma arma na cabeça dos jovens que foram levados para um matagal na Chácara dos Poderes.

No local, eles foram retirados do carro e amordaçados. Enquanto uma parte da quadrilha fugiu com o carro e os cartões de banco, outra ficou no cativeiro cuidando dos dois. No total, eram cinco homens. Cada um tinha uma função durante o roubo.

Uma das vítimas foi obrigada a passar a senha do cartão, mas nervosa acabou fornecendo o número errado. O bandido que estava no caixa eletrônico não conseguiu sacar e ligou para o comparsa, o que provocou mais agressões contra as vítimas, com coronhadas e ameaças de serem esquartejados.

Depois de várias horas de terror, os jovens perceberam que apenas um dos bandidos estava na mata e fugiram. Eles relataram à polícia, que conseguiram se soltar, saíram correndo cada um para um lado e o homem não teve coragem de atirar.

As vítimas foram até o Batalhão da Polícia Militar do Parque dos Poderes, onde se encontraram e pediram ajuda. O crime foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.