Juiz converte em preventiva a prisão de empresário que matou amante
José Alberto dos Santos Rosa, 70 anos, foi preso em flagrante no dia do crime
O juiz Alexandre Ito, da 1ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, converteu em preventiva a prisão do empresário José Alberto dos Santos Rosa, de 70 anos, que matou com um tiro nas costas a vendedora Rosana de Camargo Assis, de 29 anos, no dia 8 de outubro. Os dois eram amantes e, no dia do crime, haviam ido a um churrasco e discutiram na volta.
José Alberto foi preso em flagrante logo após o crime e ontem a prisão foi transformada em preventiva. Isso significa que, até segunda ordem, o acusado fica preso enquanto aguarda julgamento.
A defesa dele entrou com pedido de liberdade provisória, que ainda não foi analisado pelo magistrado. José Alberto está no Presídio de Trânsito,
O empresário está sendo representado pelo escritório do criminalista Renê Siufi. O advogado informou que, no pedido de liberdade, um dos argumentos que seriam usados envolve a saúde debilita de José Alberto. Segundo o advogado, ele tem hipertensão e diabetes.
Além disso, conforme o criminalista, o pedido se baseaou nos fatores normalmente considerados pela Justiça para permitir que uma pessoa responda em liberdade, como a ausência de antecedentes criminais, o fato de ter residência fixa na cidade e querer colaborar com o andamento do processo.
Passional-A relação de José Alberto e Rosana já durava mais de 8 anos, apesar de o empresário continuar casado oficialmente com outra mulher, com quem morava e tem filhos.
O crime, pelas investigações já divulgadas, tem relação com um rompimento por parte de Rosana. Ela e José Alberto voltavam de um churrasco, tiveram uma discussão no trânsito, presenciada por uma testemunha.
Rosana foi atingida quando dirigia um veículo Corolla, que chegou a bater no muro do Pelotão da Polícia Militar próximo à Estação Rodoviária.
O fato de ter 70 anos poderá servir como atenuante para José Alberto, pois o Código Penal prevê isso na hora da sentença, quando o autor do crime tem menos de 21 anos e mais de 70 anos. Nesses casos, a lei também prevê que o crime prescreve na metade do tempo previsto, neste caso 10 em vez de 20 anos.