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Capital

Réu pelo assassinato de criança de 2 anos é julgado pela segunda vez

Nadyenka Castro | 02/03/2012 11:40

Phellipe Rodrigues Nunes de Carvalho foi a júri popular em 2010. O julgamento foi anulado e outro é realizado nesta sexta-feira. Ele está foragido

Acusação é feita pelo promotor Douglas dos Santos. Réu não foi ao júri. (Foto: Marlon Ganassin)
Acusação é feita pelo promotor Douglas dos Santos. Réu não foi ao júri. (Foto: Marlon Ganassin)

É julgado nesta sexta-feira, pela segunda vez, Phellipe Rodrigues Nunes de Carvalho, que no fim da tarde do dia 4 de abril de 2009, no bairro Moreninha II, em Campo Grande, matou com um tiro Miguel Alves Xavier da Costa, de 2 anos e 10 meses.

A criança foi vítima de bala perdida. Miguel estava com a mãe e mais três irmãos esperando o pai terminar o expediente de trabalho quando Phellipe, na garupa de uma moto se aproximou do local e disparou cinco tiros em direção a Jorge Luís da Silva.

Dois tiros atingiram Jorge, que teve lesão leve e está com um projétil no corpo. Um tiro acertou Miguel, que morreu na Santa Casa menos de uma hora depois.

Phellipe é julgado novamente porque, a pedido da acusação, o júri realizado em setembro de 2010 foi anulado pelo Tribunal de Justiça. Nesse primeiro ele havia sido condenado a nove anos, 11 meses e 25 dias de prisão.

O pedido de nulidade foi feito devido a questões técnicas e outro júri foi marcado para o fim do ano passado. No entanto, às vésperas da sessão, a Justiça foi informada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que Phellipe havia fugido e o julgamento pode ser realizado.

Phellipe fugiu quando já estava no regime semiaberto. Foragido, foi citado através de edital do júri desta sexta-feira, mas, não compareceu no plenário. Mesmo sem a presença do réu, o júri é realizado, conforme previsto em lei.

Seis pessoas foram ouvidas no início do julgamento. A primeira delas, a mãe de Miguel, Patrícia Ribeiro Alves dos Santos, 28 anos, que confirmou que foi Phellipe quem atirou.

Também foram ouvidas a ex-mulher do acusado, a esposa do outro condenado pelo crime Wesley Fabiano Dronov de Souza, o próprio Wesley e também Jorge Luís.

Wesley , que confessou o crime e foi condenado a 13 anos de prisão, chorou e disse que mentiu. Ele falou que não pilotava a moto para Phellipe, conforme tinha confessado um ano após o crime, e que havia contado isso inicialmente porque estava sendo ameaçado de morte.

“Estou aqui para resolver tudo isso. (...) Ele [Phellipe] pegou minha moto emprestada, disse que ia resolver um problema e quando voltou disse o que tinha acontecido”, falou Wesley, que apontou um rapaz de nome Cesar como quem conduzia a motocicleta.

Jorge Luís também falou a mesma coisa nesta sexta-feira. Até então, nenhum deles havia dito sobre Cesar. “O Cesar pilotou [a moto] e Phellipe atirou”. Jorge Luís e Wesley estão presos no Centro de Triagem, mas em celas diferentes.

Após ouvir os relatos das cinco pessoas e também argumentos da acusação e defesa, os sete jurados – quatro homens e três mulheres – irão votar sobre a ação de Phellipe e então será feita a sentença.

Prisão - Phellipe foi preso poucos dias após o crime. Foi condenado, ficou em regime fechado conseguiu progressão de pena e fugiu ano passado.

Wesley se apresentou em setembro de 2010 e confessou o crime. Está preso desde então e agora diz que é inocente.

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