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Capital

Júlio de Castilho fica pronta em 30 dias e estacionamento será proibido

Lidiane Kober e Filipe Prado | 24/06/2014 08:11
Em 30 dias, estacionamento deverá ser proibido de vez na Avenida Julio de Castilho (Foto: Cleber Gellio)
Em 30 dias, estacionamento deverá ser proibido de vez na Avenida Julio de Castilho (Foto: Cleber Gellio)
Para Salvador, proibição afastará clientes das lojas sem estacionamento próprio (Foto: Cleber Gellio)
Para Salvador, proibição afastará clientes das lojas sem estacionamento próprio (Foto: Cleber Gellio)

Iniciada há quase três anos, em agosto de 2011, as obras de revitalização da Avenida Júlio de Castilho vão ser concluídas em 30 dias. A Seintra (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Transportes) promete concluir as obras na Avenida Júlio de Castilho, orçadas em R$ 18 milhõe. Assim que terminar os trabalhos, a administração da via será entregue de vez à Agetran (Agência Municipal de Trânsito), que, apesar da pressão de alguns comerciantes da região, vai proibir o estacionamento na avenida.

“Falta instalar dois semáforos que não chegaram de São Paulo”, explicou o titular da Seintra, Semy Ferraz. Ele calcula que, no máximo, em 15 dias a sinalização estará em Campo Grande. “Nossa expectativa é zerar tudo em 30 dias”, acrescentou.

Diretor-presidente da Agetran, Jean Saliba adiantou que, assim que a obra for concluída, o estacionamento ao longo de toda a avenida será extinto de vez. “São duas pistas, via de passagem, não tem como manter estacionamento lá”, justificou. Segundo ele, uma minoria é contrária a medida. “Tem comerciantes que reclamam, mas a maioria é contra”, admitiu.

Saliba ressaltou ainda que esse grupo deveria ter pensado na questão antes de abrir comércio. “No projeto de qualquer obra, tem que ter estacionamento. Cadê o dessas lojas?”, indagou. “Abrir comércio sem essa opção, é o mesmo dizer eu vendo, mas não entrego. O pessoal vai precisar se adaptar”, completou.

O diretor da Agetran frisou ainda que a administração municipal teve boa vontade, fez teste para manter o estacionamento, mas acabou se convencendo que não é possível garantir fluidez e segurança ao trânsito mantendo a opção. “Não adianta transferir o problema”, analisou. “Não pode ter medo de enfrentar as críticas”, finalizou.

Reação – O fim do estacionamento divide os usuários. Em sua maioria, os contrários são comerciantes, sem a opção de estacionamento na loja. É o caso de Salvador Oliveira, 53 anos. “Já não tem a opção de retorno dos carros e ainda vão tirar o estacionamento”, reclamou. “Muitas pessoas não voltam a atrás para comprar o produto”, emendou.

Também comerciante e também sem estacionamento na empresa, Luiz Carlos José da Silva, de 58 anos, pensa diferente. “Não tem como o carro andar na avenida, tem que ser assim, é justo”, disse. Dividida com a proibição, a vendedora Adriana Ferreira, 36, lamenta pelos comerciantes, mas admite que está difícil circular pela avenida, principalmente, nos horário de pico.

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