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Capital

Júri absolve acusado de matar homem atropelado para vingar o pai

Lidiane Kober | 16/07/2014 15:33
Por maioria de votos, júri decidiu livrar universitário da acusação de homicídio e tentativa de homicídio (Foto: Marcos Ermínio)
Por maioria de votos, júri decidiu livrar universitário da acusação de homicídio e tentativa de homicídio (Foto: Marcos Ermínio)

A 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande absolveu, nesta quarta-feira (16), o universitário Thiago Gabriel Martins da Silva, de 25 anos, acusado de provocar acidente que resultou na morte de Jocelino Nunes de Oliveira, 32 anos.

O promotor de Justiça, Humberto Lapa Ferri, requereu a absolvição do acusado em ambos os delitos por dúvida nas provas quanto ao dolo de matar.

Reunido em sala secreta, o Conselho de Sentença, por maioria de votos declarados, decidiu livrá-lo da acusação de homicídio e tentativa de homicídio. A decisão foi assinada pelo titular da Vara, juiz Aluízio Pereira dos Santos.

O caso – De acordo com o processo, Thiago cometeu o crime no início da noite do dia 6 de outubro de 2012, nas Moreninhas, para vingar o pai que havia sido baleado momentos antes. A defesa contesta a acusação.

O crime teve início por conta de um desacordo comercial entre José Venceslau Alves da Silva, pai de Thiago, e Jocelino. Consta nos autos que Venceslau comprou um mercado que pertencia a Jocelino, dando parte do valor como adiantamento.

Após pagar, Venceslau descobriu que o comércio estava irregular e quis desfazer o negócio. Jocelino não aceitava e ainda cobrava o restante a ser pago.

Na tarde do dia 6 de outubro de 2012, Thiago, o pai e os demais familiares estavam em casa, nas Moreninhas, quando Jocelino chegou ao local em uma Honda BIz, ele desceu rapidamente, sacou um revólver calibre 38 e efetuou quatro disparos. Venceslau foi atingido na virilha, abdômen e na mão. O outro tiro acertou o portão da residência.

Defesa do universitário afirma que o jovem agiu em legítima defesa (Foto: Marcos Ermínio)
Defesa do universitário afirma que o jovem agiu em legítima defesa (Foto: Marcos Ermínio)

Para tentar defender a família, Thiago arremessou uma pedra contra a cabeça de Jocelino que estava de capacete. Após levar a pedrada, o autor dos disparos correu, deixando para trás a moto. No caminho ele teria encontrado Valdevy Lúcio da Silva Júnior, de 28 anos, que estava em uma Honda CG Titan, e pediu carona.

No mesmo instante, Thiago colocou o pai ferido em um Honda Civic e, segundo a defesa, partiu rumo a uma unidade de atendimento médico. No caminho, ele se deparou com Jocelino e Valdevy e jogou seu carro contra a moto dos dois, no cruzamento das ruas Matanavis e Adélia. As vítimas ficaram prensadas entre dois carros. Jocelino morreu na hora e Valdevy, além de Venceslau, foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e conseguiram se recuperar.

A defesa relata que Thiago agiu em legítima defesa, com o objetivo de preservar sua vida. A afirmação é de que, enquanto levava o pai para o pronto socorro, o rapaz encontrou a dupla na moto e que Jocelino efetuou dois tiros contra o veículo. Para se proteger, provocou a colisão.

Já a acusação aponta que o estudante perseguiu os ocupantes da moto até conseguir atacá-los. Na ocasião, o rapaz acabou preso em flagrante, pois além do acidente, estava com um mandado de prisão em aberto, já que era evadido da prisão após ser condenado por homicídio, em 2009.

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