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Capital

Júri desqualifica crime e filho de policial acusado de matar amigo ficará livre

Ricardo Campos Jr. | 14/10/2015 16:45
Guilherme ouvindo a sentença dos jurados (Foto: Gerson Walber)
Guilherme ouvindo a sentença dos jurados (Foto: Gerson Walber)

Por quatro votos a dois, os jurados decidiram que Guilherme Henrique Santana não teve intenção de matar o amigo Ítalo Marcelo de Brito Nogueira. O caso ocorreu durante uma festa em junho de 2010, em Campo Grande. A promotoria o havia acusado por homicídio com dolo eventual, mas a defesa conseguiu desqualificar o crime. Com isso, o acusado será solto.

O advogado do réu, José Roberto da Rosa Pires, explica que o cliente deverá se apresentar uma vez por mês no Fórum para comprovar vínculo empregatício. Ele também não poderá sair do país sem autorização judicial. Daqui a dois anos, se o rapaz não tiver cometido qualquer tipo de delito, o caso será arquivado definitivamente.

A decisão desagradou a família de Ítalo. “O que eu queria, era Justiça. Desde quando mataram meu filho, foi tudo armado. Ele [Guilherme] fugiu do flagrante e o pai dele saiu como herói. Um cara que leva uma viatura com uma escopeta numa festa”, opina o pai da vítima, Ítalo Nogueira, 59 anos.

O caso - O crime aconteceu durante uma festa na casa de um amigo dos envolvidos, na Vila Piratininga, em Campo Grande. De acordo com o inquérito, Guilherme pegou a arma do pai para uma brincadeira de "luta simulada", em que, além dele e de Ítalo, participaram de outros dois rapazes.

A perícia constatou que a bala desviou em uma parede para depois acertar a cintura da vítima, fragmentando-se dentro do corpo. Guilherme foi retirado da cena do crime pelo colega de dupla sertaneja Lineker Luiz Vazes Fernanes, que inicialmente alegou não saber quem havia atirado e depois ter confessado a mentira culpando o nervosismo pelo ocorrido.

Fernanes foi processado por favorecimento pessoal, já que, segundo a polícia, ele teria recebido orientações do pai do réu para tirá-lo do local, evitando assim o flagrante. Ele aceitou cumprir trabalho voluntário e o caso foi encerrado.

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