ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Justiça absolve professor acusado de estuprar menino de 11 anos em escola

Francisco Júnior | 22/05/2012 10:22
Professor sendo escoltado por policiais em uma das audiências sobre o caso. (Foto: Francisco Júnior)
Professor sendo escoltado por policiais em uma das audiências sobre o caso. (Foto: Francisco Júnior)

O professor da Reme (Rede Municipal de Ensino) acusado de estuprar um aluno de 11 anos em 2010 foi absolvido da acusação em primeira instância. A juíza responsável pelo caso, que corre em segredo de justiça, entendeu que não há provas suficientes contra o docente.

O processo foi julgado no dia 14 de março deste ano. O acusado já foi solto e retomou as aulas na escola onde é concursado.

De acordo Ricardo Trad, advogado do professor, a acusação não apresentou com evidências consistentes que provam que seu cliente cometeu o crime. “A juíza o considerou inocente pela total falta de provas. Tanto é que o Ministério Público não recorreu da decisão”, afirmou o advogado.

Segundo Trad, “a vítima entrou em contradição várias vezes sobre o ocorrido”. “Nós conseguimos provas robustas de que o garoto sofria bullyng na escola”, acrescentou.

O advogado Mário Sérgio Rosa, assistente de acusação, entrou com recurso no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a decisão judicial.

Para o advogado, a juíza não levou em consideração o depoimento da vítima. “A vítima tem laudos que comprovam que foi estuprada pelo professor”.

O recurso será julgado pelos desembargadores do TJMS.

Na época em que caso ganhou repercussão, em fevereiro do ano passado, a Polícia divulgou que os abusos sexuais aconteceram mais de uma vez e que havia provas substanciais.

A ocorrência foi investiga pela DPCA (Delegacia Especialidade de Proteção à Criança e ao Adolescente). No dia 10 de setembro, data que a vítima informou que foi abusada pelo professor, testemunhas disseram que o menino saiu mais tarde que as outras da sala de aula.

Em depoimento, o garoto relatou que, após as aulas, era obrigado a fazer sexo oral no professor e que era ameaçado com revólveres e facas.

A família passou a notar mudanças no comportamento do estudante, que chegou até tentar suicídio.

O professor sempre negou acusação.

Em uma das audiências do caso, que aconteceu em junho do ano passado, a mãe da vítima relatou que o filho estava passando por tratamento psicológico e chegou a levar os medicamentos usados pelo menino.

Segundo ela, o filho foi diagnosticado com pânico pós-traumático e hoje precisa tomar remédios controlados. “Um menino lindo, sadio e educado. Hoje vive a base de remédios controlados”, lamentou ela na ocasião.

Nos siga no Google Notícias