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Capital

Justiça determina reintegração de posse em área invadida nas Moreninhas

Fabiano Arruda | 07/06/2011 16:23
Homem monta fundação em área destinada para construção de unidades habitacionais. (Foto: Simão Nogueira)
Homem monta fundação em área destinada para construção de unidades habitacionais. (Foto: Simão Nogueira)

A Justiça determinou nesta terça-feira reintegração de posse em área de 25 hectares da Prefeitura de Campo Grande localizada nas Moreninhas. No local, membros da Associação de horti-fruti granjeiros são acusados de invadir para construir barracos de madeira e casas de alvenaria. Cerca de 100, dos 400 associados, acampam na área.

Como se trata de determinação judicial, policiais militares devem comparecer entre hoje e amanhã no terreno para cumprir a ordem.

Ontem, os membros da associação de horti-fruti granjeiros alegavam querer apenas legalizar os terrenos para ter suas casas próprias.

Segundo o presidente da associação, Sebastião Martins Vieira, conhecido como “Tião da Horta”, há cerca de quatro meses, o presidente da Emha (Empresa Municipal de Habitação), Paulo Matos, teria declarado na rádio comunitária que as hortas e plantações seriam desfeitas para construção de casas populares.

“Ninguém tá pedindo nada de graça, queremos a legalização dos terrenos. Iremos pagar por isso e depois iremos construir as casas. O contrato com a prefeitura está vencido, eu confesso, mas não dá para segurar a vontade dos associados, que não tem casa”, conta Tião.

Na área, algumas hortas de salsinha, cebolinha, mandioca, milho e até uma plantação de eucalipto é encontrada. No entanto, grande parte do que era produtivo, agora está sendo preparado para se tornar moradias.

Por outro lado, o presidente da Emha, Paulo Matos, discordava das argumentações. “O Tião não é prefeito de Campo Grande e não dono da área. Nós temos tentado coibir essas ações de venda irregular de lotes, mas tem algumas pessoas inocentes que são induzidas pelo erro. Ele não pode mandar entrar ou o município terá que pedir permissão para fazer suas ações”, criticou.

Segundo o secretário da habitação do município, na área, serão construídas 486 casas populares para atender a demanda da região, que irão gerar 2 mil empregos durante a obra, que será realizada pelo PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) II.

Serão investidos R$ 24 milhões na construção das casas, pavimentação asfáltica, implantação da rede de água, esgoto e energia, além de equipamentos urbanos como praças, creches e escola.

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