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Capital

Justiça decreta prisão preventiva de policial militar que matou mulher a tiros

Nyelder Rodrigues | 21/10/2016 20:51
Policial militar da reserva prestou depoimento quarta-feira e cobriu o rosto ao passar pela imprensa na delegacia (Foto: Júlia Kaifanny)
Policial militar da reserva prestou depoimento quarta-feira e cobriu o rosto ao passar pela imprensa na delegacia (Foto: Júlia Kaifanny)

Foi decretada nesta sexta-feira (21) pela Justiça a prisão preventiva do policial militar da reserva Valdecir Ferreira, de 55 anos. Ele matou no domingo (16) a tiros Kátia Campos Valejo, de 35 anos, em sua casa, no bairro na Rua Tintoreto, Bairro Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. Ferreira confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa.

Ele prestou depoimento na manhã de quarta-feira (19) à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, onde afirmou que conheceu Kátia há aproximadamente três meses, e desde então mantinham relações sexuais ocasionais, apesar de não serem muitos próximos.

Ainda conforme o depoimento, no domingo Kátia apareceu na casa de Valdecir e, enquanto ele tomava banho, ela entrou nua no banheiro com um revólver calibre 38 apontado para ele, afirmando que queria dinheiro. A arma pertencia ao policial.

A partir deste ato, eles iniciaram uma luta. Valdecir conseguiu segurar o tambor do revólver e tomar a arma da mão de Kátia, realizando os disparos em seguida. "Meu cliente atirou na intenção de paralisá-la e não de matar", justifica o advogado José Roberto Rosa.

Pedido de prisão - Entretanto, a polícia pediu a prisão preventiva de Valdecir, pois ele atirou quatro vezes contra Kátia, sendo o primeiro a queima-roupa, conforme ele mesmo relatou no depoimento.

"A vítima se tratava de uma mulher franzina, o que afasta qualquer justificativa de efetuar-se quatro disparos", frisa o pedido da Polícia Civil, acatado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida.

Kátia foi atingida no tórax e cabeça. Ela tinha passagem por tráfico de droga, sendo presa em 2014, junto a um personal trainer, no Lar do Trabalho. Porém, ela foi julgada e absolvida do crime.

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