Justiça nega prisão a suspeito de tentar matar a tiros ex-esposa
Vítima está internada
A Justiça negou pedido de prisão preventiva contra o servente de pedreiro Kelvin Santos da Silva, 19 anos, suspeito de ter tentado matar a tiros a ex-esposa, Jaqueline Dorneles Arce, 18 anos, na madrugada do último domingo, em Campo Grande.
O pedido foi negado pelo juiz plantonista da comarca da Capital na noite dessa segunda-feira sob a alegação de elementos insuficientes para a decretação da prisão.
De acordo com a delegada Chistiane Grossi, responsável pelas investigações, na solicitação havia declarações de Jaqueline, da principal testemunha do crime e também cópia do prontuário de atendimento à vítima, confirmando o ferimento por arma de fogo. O MPE (Ministério Público Estadual) deu parecer favorável à prisão.
A delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) explica que foram feitas diligências nessa segunda-feira na região do bairro onde Kelvin mora, no entanto, ele não foi localizado.
A intenção era encontrá-lo para que pudesse apresentar sua versão sobre a acusação a ele imputada por testemunhas e familiares da vítima.
Como não foi localizado e há informações de que ele teria fugido para Corumbá, foi pedida a prisão preventiva.
A mãe de Jaqueline, Alzemira Dorneles, 35 anos, acompanha a filha na Santa Casa, onde está desde o dia do crime, e é categórica em afirmar que foi Kelvin quem atirou em Jaqueline. “Foi o ex-marido dela”, diz.
Segundo Alzemira, Kelvin já tinha feito ameaças de morte à ex-mulher, que não acredita que ele pudesse concretizar. “Ameaçar ele ameaçava, só que ela achava que não iria fazer”, declara.
De acordo com ela, Jaqueline já está falando e está consciente. Sobre o sentimento agora, diz. “É um desespero saber que alguém tentou matar sua filha”.
O caso- Jaqueline estava na casa dela, no Jardim Santa Emília, onde era realizada uma festa, quando Kelvin chegou e atirou. Ela foi atingida de raspão na cabeça.
