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Capital

Justiça solta sem fiança lutador que matou vigia de posto de combustíveis

Nadyenka Castro | 19/07/2011 17:43

Decisão foi do TJ/MS

Lutador já está em casa. (Foto: Pedro Peralta)
Lutador já está em casa. (Foto: Pedro Peralta)

Já está em casa o lutador de jiu-jtsu Airton Colognesi, 30 anos, que há duas semanas espancou até a morte o vigia noturno Adelson Eloi Nestor de Almeida. O crime aconteceu no posto de combustíveis onde a vítima trabalhava, na avenida Tamandaré, Jardim Seminário, em Campo Grande.

Ele saiu da prisão por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, sem pagamento de fiança. A advogada dele, Cleuza Ferreira da Cruz Mongenot, impetrou pedido de habeas corpus, cuja liminar foi concedida pelo desembargador João Carlos Brandes Garcia.

“Foi recuperada a Justiça”, avaliou Cleuza, a qual declara que Airton não é criminoso. “Ele não é nenhum bandido. Foi uma briga que resultou em morte. Foi uma fatalidade. Ele estava embriagado sim. Ele não é assaltante, latrocida”, diz a advogada.

Ela recorreu ao TJ/MS após o juiz Alexandre Ito, em substituição na 2ª Vara do Tribunal do Júri, determinar pagamento de fiança no valor de 10 salários mínimos para a soltura de Airton.

A advogada pediu redução do valor da fiança, o qual foi indeferido pelo magistrado. “Ele não tem condições de pagar a fiança. A família é pobre. Eu não cobrei nada e não vou cobrar”, fala Cleuza, referindo-se ao pagamento do trabalho realizado por ela.

O caso - A vítima estava trabalhando quando flagrou Airton passando no meio das bombas de combustíveis, na madrugada do dia 7.

O vigia abordou o rapaz e o mandou sair de dentro do posto, informando que o local era propriedade particular e já estava fechado. Airton não gostou de ser advertido por Adelson, e os dois começaram a discutir.

O vigia passou a ser agredido e ainda tentou fugir, mas foi alcançado e espancado até a morte. A família dele disse ao Campo Grande News que nunca havia visto situação tão brutal.

Exame necroscópico constatou que Adelson tinha uma ‘rachadura’ na cabeça de 10 centímetros de extensão, o que indica que ele foi atingido por golpes de barra de ferro, a qual foi encontrada próxima ao cadáver.

O inquérito já foi concluído e Airton indiciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil, que é crime hediondo.

Nesta situação, o juiz em primeiro grau não pode arbitrar fiança, podendo haver soltura apenas por decisão do TJ, como é o caso, ou pelo magistrado, em resposta a pedido de liberade.

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