ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Ladrões invadem a mesma casa 7 vezes e até prendem cão para roubar

Filipe Prado | 09/09/2014 18:03
Moradora teve sua casa invadida sete vezes e até cachorro preso por bandidos (Foto: Marcelo Victor)
Moradora teve sua casa invadida sete vezes e até cachorro preso por bandidos (Foto: Marcelo Victor)

Cada vez mais ousados, bandidos continuam com a onda de invadir casas e assaltar moradores do Bairro Rita Vieira, até prendem os cachorros para poder entrar nas residências. Desde de junho deste ano, uma de onde de assaltos assusta os moradores, que decidiram até colocar as casa à venda e mudar de região. Em um caso, os bandidos invadiram a mesma casa sete vezes e até trancaram o cachorro para furtar.

A auxiliar de enfermagem Flávia Rosana, 39 anos, já gastou cerca de R$ 10 mil em segurança para a casa. Alarmes, cercas elétricas e até um cachorro rottweiler foram comprados, além dos gastos com as manutenções em sua residência, após a 7ª invasão em quatro anos.

Contato com os vizinhos ela não possui mais. Abrir o portão, somente com chave e usar o interfone somente para saber quem está em frente à casa. Essa foi algumas das medidas tomadas por Flávia para se proteger da violência no bairro.

“Temos que ficar monitorando sempre. Parece que eu estou vivendo em uma prisão”, comentou a auxiliar de enfermagem. “Nós não temos mais paz. Trabalhamos, pagamos impostos para uma pessoa vir e roubar”, desabafou.

Das sete invasões, somente em uma vez Flávia teve seus pertences furtados, mas o que espantou a moradora foi a ousadia dos bandidos. “Eu estava em casa sozinha e ouvi um barulho, quando percebi, estavam no quintal de casa retirando o meu som. Eles conseguiram prender meu cachorro”, contou.

Um dos vizinhos de Flávia, conforme a auxiliar de enfermagem, também teve a casa invadida, sendo que ele possui quatro cachorros. “Os bandidos conseguiram abrir o portão e fizeram os cachorros escaparem para poder entrar na casa”.

Há 17 anos na região, a aposentada Elza Feltrin, 69, ainda não teve a casa roubada, mas alegou que muitos vizinhos já perderam os bens com as invasões. “O pessoal reclama bastante. Em uma casa aqui perto, duas famílias já se mudaram por conta dos assaltos”, apontou.

Ela acredita que as casas mais novas chamam mais a atenção dos bandidos ou porque ficam vazias durante todo o dia.

Mas nem sempre são as maiores casas ou as mais novas que tem objetos furtados. Sirlei Conardine, 43, se surpreendeu com o que foi roubado em sua casa, que também é uma lanchonete. “Fui distribuir as cadeiras e percebi que o número estava menor, quando vi que tinham me roubado”.

O roubo das cadeiras é levado com bom humor por Sirlei, mas as invasões às casas causou insegurança para ela. “Há vários vizinho que foram roubados e um deles já está pensando em ir embora do bairro”.

As placas de “vende-se” estão espalhadas por todo o bairro, algumas são das casas construídas recentemente, mas os moradores afirmam que a população não agüenta mais a violência. “Não dá para viver deste jeito”, finalizou Flávia.

Várias casas estão à venda no bairro (Foto: Marcelo Victor)
Várias casas estão à venda no bairro (Foto: Marcelo Victor)
Flávia não suporta mais a violência e irá se mudar do bairro (Foto: Marcelo Victor)
Flávia não suporta mais a violência e irá se mudar do bairro (Foto: Marcelo Victor)
Nos siga no Google Notícias