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Capital

Ladrões não se intimidam e roubam até farmácia a 200 metros da PM

Renan Nucci | 31/01/2015 09:40
Assaltos não são novidade na região das Moreninhas. (Foto: Marcos Ermínio)
Assaltos não são novidade na região das Moreninhas. (Foto: Marcos Ermínio)
Bombeiro Civil, Jeep gostaria de maior presença do efetivo da polícia nas ruas. (Foto: Marcos Ermínio)
Bombeiro Civil, Jeep gostaria de maior presença do efetivo da polícia nas ruas. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário teve que alterar rotina de farmácia após assalto. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário teve que alterar rotina de farmácia após assalto. (Foto: Marcos Ermínio)

Cada vez mais ousados, os criminosos têm desafiado a lei e cometido assaltos em locais não muito distantes da polícia. Na região das Moreninhas, em Campo Grande, esse tipo de ocorrência já não é mais novidade. Em uma sexta-feira, três indivíduos roubaram uma farmácia que fica a cerca de 200 metros do 10º Batalhão de Polícia Militar.

Na oportunidade, um dos ladrões, armado, invadiu o estabelecimento e rendeu o funcionário e uma cliente, levando pouco mais de R$ 300, entre dinheiro do caixa e das vítimas. Outros dois o aguardavam em um Chevette prata e em uma moto.

O crime obrigou o empresário Vandeilto Escobar, 29 anos, a alterar a rotina de funcionamento. O expediente que antes ia até às 23h, agora não passa das 22h, assim como as entregas que são feitas só até às 18h, e não mais até às 21h. O caixa também é fechado com mais frequência, para evitar o acúmulo de dinheiro.

“Não dá pra ficar com a loja aberta, sozinha, até muito tarde. Estamos inseguros, ficamos alerta o tempo todo”, disse Escobar. Ele planeja modificar o sistema de câmeras de segurança e instalar grades de proteção para estender o expediente até às 23h. “É o investimento que vou ter que fazer para garantir a proteção, e no pior dos casos, amenizar os prejuízos de outro roubo”, completou.

Na madrugada do dia 21 deste mês, um posto de combustíveis da região foi assaltado pela terceira vez desde que foi inaugurado, há cerca de três meses. Um casal parou o carro para abastecer. O motorista desceu, tentou distrair a atenção do frentista e em seguida anunciou o roubo. Ele pegou o dinheiro da vítima e fugiu, tomando rumo ignorado.

O bombeiro civil Ivanhoé Jeep, 38 anos, mora a poucos metros da sede do 10º Batalhão, em uma casa aos fundos do salão de cabeleireiro da esposa. Ele diz que a família nunca foi assaltada, mas que sente falta de mais presença das autoridades nas ruas. “A gente sabe que não é culpa do policial. O Governo tem deixado a desejar e falta estrutura para a polícia, o que dificulta o trabalho deles. Isso precisa mudar, pois a viatura nas ruas inibe a ação dos bandidos”, disse.

Ele e Escobar têm uma opinião em comum: a maioria dos ladrões são moradores de outros bairros que se aproveitam do fato de serem desconhecidos, para roubar nas Moreninhas.

Desemprego – Por outro lado, o líder comunitário João Anastácio de Carvalho lembrou que a criminalidade cresceu como um todo na Capital, não apenas nas Moreninhas. Ele afirma que o bairro é conhecido por ser um grande centro, mas ainda carece de emprego para atender a demanda dos moradores. “Muitos não conseguem emprego e acabam caindo na vida do crime”, destacou. “A polícia precisa de atenção e investimentos, não só a Militar, mas a Civil também”.

A equipe de reportagem tentou contato com o coronel Deusdete de Oliveira, comandante-geral da PM, mas ele estava viajando e não pôde atender os telefonemas.

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