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Capital

Ladrões se passam por funcionários de banco para aplicar novo golpe

Adriano Fernandes | 25/08/2016 18:47
Pelo telefone, golpistas se passam por funcionários de seguradoras de bancos ou das próprias instituições para roubar os cartões de crédito de quem atende. (Foto: Marcos Ermínio)
Pelo telefone, golpistas se passam por funcionários de seguradoras de bancos ou das próprias instituições para roubar os cartões de crédito de quem atende. (Foto: Marcos Ermínio)

A ousadia é principal arma de criminosos que vêm aplicando uma modalidade mais sofisticada de golpe em Campo Grande. Pelo telefone, golpistas se passam por funcionários de bancos para roubar os cartões de crédito de quem atende.

Para tentar identificar os responsáveis por este tipo de ação, uma investigação foi iniciada esta semana. Só na 6ª Delegacia da Polícia, no Bairro Jardim Tijuca, foram registrados cinco casos neste mês de agosto. 

A ação dos bandidos é semelhante em todos os casos. O golpista se identifica como funcionário da seguradora do banco ou das próprias instituições. 

“Quando os bandidos dizem ser da administradora de cartões, eles questionam as vitimas sobre os gastos do cartão. Perguntam, por exemplo, se elas efetuaram saques ou compras de alto valor. Como elas acabam negando as compras, então eles sugerem que o cartão tenha sido clonado e conseguem todos os dados das vitimas”, conta o delegado Edemilson José Holler.

Ainda segundo o Edemilson, em todos os casos os criminosos mandam um comparsa, que se identifica como mototaxista, pegar os cartões na casa das vítimas.

Dos cinco registros recebidos pela delegacia, apenas em um dos casos, registrado no dia 22, a vítima conseguiu perceber o golpe a tempo e pedir o bloqueio do cartão, antes da ação dos bandidos.

A partir desta última denuncia foi que os policiais deram inicio as investigações em busca dos criminosos. “Por enquanto já conseguimos identificar um número de telefone de ques efetuou as ligações. Todas as vitimas serão ouvidas novamente, mas maiores detalhes seguem em segredo”, conta.

A linha de investigação trabalha sobre a hipótese de que funcionários dos próprios bancos ou dos Correios, tenham colaborado nos crimes. “Pois é este tipo de instituição quem tem acesso direto com os dados pessoais de toda a população", conta.

“São crimes que não afetam a integridades fisica de quem sofre o golpe mas pesa no bolso da população", pontua o delegado. (Foto: Adriano Fernandes)
“São crimes que não afetam a integridades fisica de quem sofre o golpe mas pesa no bolso da população", pontua o delegado. (Foto: Adriano Fernandes)

Ainda segundo o delegado, a ousadia dos criminosos chama a atenção nas ações. O perfil das vítimas também é outro detalhe curioso. “O relato é de que a pessoa do outro lado da linha é sempre muito educada, boa de papo, bastante convincente”, diz.

“Nos casos em que recebemos aqui na delegacia os alvos foram sempre mulheres acima de 50 anos”, completa. A orientação da polícia é que dados pessoais de contas e dos próprios cartões, não sejam passadas por telefone.

“O indicado é que também entre em contato imediatamente com a polícia, para que nós possamos ir ao local a tempo de prender o comparsa que se passa por mototaxista. Outra alternativa é ligar para a administradora dos cartões checar as transações e bloquear o cartão”, orienta.

Como consta no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, o crime é tipificado como estelionato e, se condenado, o criminoso pode pegar pena de 1 a 5 anos de prisão. Caso as vítimas tenham acima de 60 anos, a pena pode variar de 2 até 10 anos de detenção.

“São crimes que não afetam a integridades fisica de quem sofre o golpe mas pesa no bolso da população. Independente se a vitima é rica ou pobre o importante é que os eles querem lucrar”, conclui.

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