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Capital

Lago do Rádio fica mais assoreado e obras de contenção param de novo

Alan Diógenes | 03/11/2014 09:33
Obras de contenção de enchentes causou assoreamento no lago que hoje é tomado por mato. (Foto: Pedro Peralta)
Obras de contenção de enchentes causou assoreamento no lago que hoje é tomado por mato. (Foto: Pedro Peralta)

Após inundações na Avenida Spipe Calarge, no Jardim Morumbi, em Campo Grande, a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) fez a drenagem de águas pluviais da região e a canalização da água do Lago do Rádio Clube Campo. A obra resolveu o problema, mas, por outro lado, criou outro, a água do lago secou e acelerou o assoreamento do lago. As obras para acabar com o assoreamento pararam e a erosão avança sobre calçadas e até sobre ruas.

De acordo com a comerciante Rita de Cássia, 36 anos, que mora há alguns anos na região, foi a obra de reparo na avenida que causou o assoreamento do lago. O avanço na construção civil agrava mais a situação. “Antigamente aqui não existiam prédios, muito menos asfalto. Com a construção de alguns condomínios por aqui e a chegada da pavimentação asfáltica o lago começou a desaparecer. Antes de longe conseguíamos enxergar as águas que hoje nem existem mais”, comentou.

A erosão do lago já chegou até o cruzamento da Rua Doutor Werneck com a Avenida Interlagos. A calçada e parte do asfalto já foram tomadas pela erosão. A agente de endemias Adriana Puerta da Silva, 28 anos, teme que algum acidente aconteça com pedestres pelo local.

Rita disse que avanço na construção civil também contribuiu para lago desaparecer. (Foto: Pedro Peralta)
Rita disse que avanço na construção civil também contribuiu para lago desaparecer. (Foto: Pedro Peralta)
Laion pede agilidade nas obras para conter erosões. (Foto: Pedro Peralta)
Laion pede agilidade nas obras para conter erosões. (Foto: Pedro Peralta)

“A pé ninguém consegue passar por ali. Imagina a dificuldade de um cadeirante, idoso, criança ou até mesmo mulheres com bebê de colo passar por ali, o pior pode acontecer. Acho que a prefeitura deveria ter consciência desses fatos. Na época de eleições todo mundo diz que vai fazer mil é uma coisas, mas depois que é eleito ninguém faz nada”, destacou.

O jardineiro Laion Santos Parateco, 26 anos, disse que chegou a ver máquinas retroescavadeiras e funcionários trabalhando no local, mas apenas por uma ou outra vez. Eu cheguei a ver máquinas trabalhando por aí, mas depois eles sumiram”, mencionou.

No local, o Campo Grande News constatou sinais de que máquinas estiveram retirando terra de dentro das erosões para dar início às obras de contenção. Mas, na tarde da segunda-feira (27) não haviam máquinas e nem trabalhadores no lugar.

Laion espera que o problema seja resolvido o quanto antes. “A gente paga tão caro pelos impostos e dizem ainda que irão aumentar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), mas não temos retorno. Um lago tão bonito como era não existe mais e nós que moramos na região é que perdemos”, finalizou.

Conforme a gerência do Rádio Clube Campo, na época da obra para contenção de enchente, foi assinado um termo repassando uma lâmina de água do lago, através de comodato, para a prefeitura. Desta forma, a gestão municipal ficou responsável pela limpeza e paisagismo do lago, onde seriam construída até mesmo uma pista de caminhada ao redor. Segundo a gerência, o projeto já deveria estar concluído.

O Campo Grande News procurou a Seintrha para saber que o andamento da obra, mas as ligações não foram atendidas.

Erosões tomaram conta de calçadas. (Foto: Pedro Peralta)
Erosões tomaram conta de calçadas. (Foto: Pedro Peralta)
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