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Capital

Laudo de perícia em caminhonete de cunhado de Marielly deve sair amanhã

Ana Paula Carvalho e Paula Maciulevicius | 26/07/2011 18:10
Hugleice admitiu que colocou o corpo de Marielly na caminhonete e o levou ao canavial.
Hugleice admitiu que colocou o corpo de Marielly na caminhonete e o levou ao canavial.

O laudo da perícia feita na caminhonete L200 que pertence a Hugleice da Silva deve ser divulgado amanhã, segundo o delegado Fabiano Nagata.

Ainda de acordo com ele, amanhã começa a perícia na caminhonete que era utilizada por Hucleice no trabalho. A perícia nos veículos busca vestígios de sangue.

Hugleice é casado com a irmã de Marielly Rodrigues Barbosa, que foi encontrada morta em um canavial de Sidrolândia no último dia 11 de junho, após um aborto malsucedido. Os dois tiveram um relacionamento e, segundo a polícia tudo indica que ele é o pai do bebê que ela estava esperando.

Depois de várias negativas, Hugleice admitiu que levou a jovem até a casa do enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes.

Um colega de trabalho de Hugleice falou para ele sobre Jodimar, referindo se ao enfermeiro como “Jodi pedicure”. Diante das informações repassadas pelo colega, o cunhado de Marielly foi até Sidrolândia no dia 19 de maio, encontrou Jodimar e negociou com ele o procedimento, ficando acertado R$ 1 mil.

Hugleice pagou adiantado R$ 500 e dois dias depois, no fim da tarde, levou a cunhada até a residência do enfermeiro. Conforme versão apresentada por ele, ficou do lado de fora do imóvel até Jodimar avisa-lo que a garota havia morrido.

Ele então estacionou a caminhonete Mitsubichi na garagem da casa e, com a ajuda de Jodimar, colocou o cadáver de Marielly dentro, o deixando no canavial, local indicado, segundo Hugleice, pelo enfermeiro.

Conforme a Policia, Hugleice diz que “acha” que é o pai do filho que Marielly esperava. Segundo ele, a relação sexual com a cunhada aconteceu no fim do ano passado e, além disso, a jovem havia tido relacionamento amoroso com outros rapazes.

O caso- Marielly saiu de casa, no Jardim Petrópolis, no dia 21 de maio - sábado - dizendo que iria resolver um problema e não foi mais vista. A família dela, inclusive Hugleice, e amigos, espalharam cartazes pelo bairro, e-mails e foram à OAB/MS e Assembléia Legislativa.

O corpo foi encontrado no dia 11 de junho com roupa diferente daquela que a garota havia saído de casa, sem feto e com cor acinzentada, indicando a perda de sangue.

A perícia constatou que não havia marcas de violência no corpo e que, diante da informação de que ela estava grávida, a morte foi resultado do aborto malsucedido.

A Polícia suspeitou de Hugleice porque quebra de sigilo telefônico constatou que ele foi a última pessoa com quem ela conversou, a empregada de Jodimar o viu na residência onde ela trabalhava e, ainda, porque no local onde o cadáver estava havia embalagens de halls, ‘vício’ do rapaz, conforme informado pela dentista dele à Polícia.

A família de Marielly mentiu à Polícia sobre Hugleice. Todos disseram que o rapaz estava em casa no dia 21 de maio, no fim da tarde, quando a operadora de celular dele indicou que ele estava em Sidrolândia. A princípio, a família não será punida criminalmente pela mentira.

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