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Capital

Licitações no transporte rodoviário de MS podem demitir 20% dos trabalhadores

Aliny Mary Dias | 21/01/2014 11:10
Encontro desta terça-feira discutirá assunto entre sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio)
Encontro desta terça-feira discutirá assunto entre sindicalistas (Foto: Marcos Ermínio)

Os conflitos são antigos entre o Governo Federal e as classes de trabalhadores do transporte intermunicipal e interestadual quando o assunto são as licitações criadas para restringir o uso das rodovias. Em Mato Grosso do Sul não é diferente e os sindicalistas temem uma demissão em massa que pode variar entre 15% e 20%.

Durante encontro de representantes da CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) e de sindicatos regionais do Estado, realizado nesta terça-feira (21) na Capital, os sindicalistas mostraram a preocupação em relação ao assunto.

De acordo com o secretário geral da CNTTT, Jaime Bueno, os processos licitatórios são discutidos no Brasil há muitos anos. Um decreto presidencial prorrogou o uso das rodovias por parte das empresas de transportes até 2008. Desde então as empresas, os sindicatos e o Governo Federal tentam um acordo.

Em São Paulo, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) deu início à licitação, mas o processo acabou suspenso no início desse mês.

Samir José da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas, de Coletivos Intermunicipais e Interestaduais, afirma que os processos licitatórios visam baratear as tarifas, mas irão diminuir o conforto dos passageiros.

“Com as licitações, os ônibus não terão mais ar-condicionado e o número de passageiros em cada viagem será muito maior. É uma preocupação nossa porque baratear as tarifas irá ocasionar muitos problemas”, explica.

Em Mato Grosso do Sul, a expectativa é que dos 65 mil profissionais de transporte, até 20% deles possam ser demitidos.

O secretário da CNTTT explica que não há garantias de que as empresas vencedoras das licitações contratem os profissionais de outras que deixarão de operar. “É um trabalho jurídico grande que está sendo feito com a ANTT, mas nós tememos o que pode acontecer”, completa.

No Brasil, das 200 empresas de transporte em operação, caso as licitações sejam realizadas, apenas 30 continuarão operando. De 70 mil profissionais no transporte, o número pode ser reduzido para 30 mil.

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