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Capital

Líder de máfia dos caça-níqueis nega envolvimento de delegado de MS

Renan Nucci | 08/12/2014 14:02
Em gravação autorizada pela Justiça, Clayton disse que Vargas seria o "facilitador" do esquema em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Rede Globo)
Em gravação autorizada pela Justiça, Clayton disse que Vargas seria o "facilitador" do esquema em Campo Grande. (Foto: Reprodução/Rede Globo)
Marcelo Vargas afastado do cargo pois atualmente exerce a presidência da Adepol/MS. (Foto: Divulgação)
Marcelo Vargas afastado do cargo pois atualmente exerce a presidência da Adepol/MS. (Foto: Divulgação)

Preso em flagrante por tentativa de suborno à polícia de Araçatuba (SP), Clayton Batista, dono de centenas máquinas caça-níqueis, negou envolvimento do delegado Marcelo Vargas, de Campo Grande, em seu esquema ilegal. Ele prestou depoimento no dia 3 deste mês ao delegado Dimitri Erik Palermo, da Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Após citá-lo em algumas gravações feitas pela Justiça, Clayton voltou atrás e disse que jamais teve qualquer tipo de contato com Vargas, afirmando que apenas soube o nome dele por meio da imprensa e quis mencioná-lo às autoridades paulistas, com o intuito de “fazer média”. O delegado foi citado em denúncia divulgada pelo programa Fantástico, da Rede Globo.

Na quarta-feira da semana passada, representantes da Corregedoria-Geral de Polícia de Mato Grosso do Sul estiveram em Araçatuba para apurar a supostas denúncias. Em depoimento, Clayton afirmou categoricamente que mentiu sobre sua relação com Vargas.

Ele destacou que criou uma falsa situação para tentar impressionar o delegado Nelson Barbosa Filho, o qual ofereceu a proposta de R$ 50 mil mensais para que os investigadores não interferissem em seus negócios com os caça-níqueis.

Clayton alegou no termo de declarações que já havia estado em Campo Grande, e que durante sua passagem pela Capital sul-mato-grossense teria ouvido ou lido o nome do delegado em reportagens, mas que jamais tiveram qualquer tipo de contato.

"Somente citou o nome do delegado Marcelo Vargas por ter ouvido comentários desse delegado na mídia"; "que não conhece o delegado Marcelo Vargas e que nem mesmo sabe suas características físicas, que nunca conversou, nem mesmo por telefone como o delegado Marcelo Vargas”; “com o fim de fazer ‘uma moral’ com o delegado de Araçatuba...", consta no termo oficial lavrado pela Corregedoria-Geral.

O caso - Clayton Barbosa disse em uma gravação divulgada pela Rede Globo na noite de domingo (30), durante o “Fantástico”, que Vargas seria um dos “facilitadores” do esquema em Mato Grosso do Sul. Ele foi investigado durante quatro meses enquanto tentava subornar o delegado de Araçatuba, e foi preso em flagrante.

Depois que o caso veio à tona, Marcelo Vargas se pronunciou imediatamente dizendo que estava sendo injustiçado e colocou todos seus dados privados à disposição da Justiça. Ele está afastado do cargo pois atualmente exerce a presidência da Adepol/MS (Associação Estadual dos Delegados de Polícia).

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