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Capital

Liminar garante vaga à idosa em estado grave que ficou internada em UPA

Flávia Lima | 19/07/2015 11:23
Maria Belarmina ficou quatro dias na UPA do Coronel Antonino. (Foto:Arquivo Pessoal)
Maria Belarmina ficou quatro dias na UPA do Coronel Antonino. (Foto:Arquivo Pessoal)

Após quatro dias de espera na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino, a família da aposentada Maria Belarmina dos Santos, 72, conseguiu uma vaga para interná-la na Santa Casa de Campo Grande. A transferência da idosa para ohospital aconteceu somente após liminar concedida na madrugada deste domingo (19).

De acordo com um dos filhos de Maria Belarmina, Paulo dos Santos, toda a família acompanha o procedimento de internação, já que a idosa chegou há pouco no hospital e está no pronto socorro, à espera de um quarto.

"Vamos ficar aqui até que a liminar seja cumprida. Não adianta sair do posto de saúde para ficar sentada no pronto socorro ou no corredor. Vamos lutar até o fim", ressaltou Paulo.

Maria Belarmina deu entrada na UPA do Coronel Antonino na quarta-feira (15), após complicações provocadas por uma doença pulmonar crônica. Os familiares denunciam o descaso do poder público e se preocupam com  o atendimento, já que o estado de saúde dela é grave devido a demora em iniciar um tratamento adequado.

Durante a semana, a família buscou vagas no Hospital Regional e HU, onde Maria Belarmina faz o tratamento contra DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).  

Há pouco menos de duas semanas, ela começou a sentir dores e teve complicações por conta da doença. Neste período, a idosa chegou a ser encaminhada para a unidade de saúde, no entanto, segundo os familiares, ela não teve o atendimento adequado e foi liberada por duas vezes.

Segundo o filho da aposentada, o quadro dela permanece grave e até o momento nenhum médico da Santa Casa havia examinado a idosa. "Como ela ainda não está no quarto, acreditamos que só após a internação ela será vista por algum médico", diz.

Neste sábado, o diretor de urgência e emergência do município, Frederico Garlipp, admitiu ao Campo Grande News que a dificuldade na transferência era preocupante, no entanto, ressaltou que o problema é crônico.

Segundo ele, Maria Belarmina só poderia ser transferida para um hospital onde há especialistas. No entanto, os hospitais com infraestrutura da Capital estão lotados. A situação do HU ainda é mais preocupante, já que há mais de um mês foram fechados 50 leitos devido a greve dos técnicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que não tem previsão para encerrar.

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