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Capital

Lixões a céu aberto em bairros evidenciam falta de conscientização

Alan Diógenes | 17/08/2014 12:38
No bairro Guanandi em amontoado de lixo é possível encontrar armário e cama velha. (Foto: Marcelo Victor)
No bairro Guanandi em amontoado de lixo é possível encontrar armário e cama velha. (Foto: Marcelo Victor)

A falta de conscientização de algumas pessoas tem feito com que áreas de três bairros de Campo Grande virem verdadeiros “lixões” a céu aberto. Quem passa pelos bairros Guanandi, Jardim Anahy e Caiçara vai encontrar amontoados de restos de construção, podas de árvores, móveis velhos e até mesmo animais mortos.

Moradora na rua Betim no bairro Guanandi, a atendente de restaurante Milena da Silva Melo, de 21 anos, teme que os lixões possam servir de esconderijo para bandidos. “O entulho é tão grande que uma pessoa consegue se esconder dentro dele. Meu medo é que pessoas mal intencionadas fiquem escondidas aí para cometerem crimes. Sem falar da quantidade de insetos que saem desse lixão”, comentou.

Ainda no mesmo bairro conseguimos encontrar uma área tomada por lixo. No amontoado tinha vários pneus velhos com água parada aumentando o risco da proliferação do mosquito que transmite a Dengue. No lixão também tinha o corpo de um animal morto.

O servidor municipal Reginaldo Andrade, 40, contou que as pessoas aproveitam a escuridão de algumas ruas, no período da noite, para jogar lixo. “A prefeitura manda uma máquina para limpar os locais, mas é só passar alguns dias que as pessoas começam a jogar lixo de novo. O que mais incomoda é o cheiro que vem do lixo. Quando alguém joga animal morto, os vizinhos precisam colocar fogo no corpo para amenizar o mau cheiro”, mencionou.

Em um terreno baldio localizado na rua dos Marimbás, no bairro Caiçara, os moradores colocaram uma cerca de arame para as pessoas não jogarem lixo no lugar. A ação foi em vão, por que o local está tomado pelo lixo novamente.

O mestre de obras Luiz Dias, 56, falou que os moradores tiram do próprio bolso para fazer a limpeza das ruas, mas mesmo assim algumas pessoas não se conscientizam e continuam jogando lixo. “As pessoas parece que não sabem do risco que o lixo pode trazer e continuam jogando. Para resolver o problema só tendo um trabalho de conscientização a longo prazo”, explicou.

No Jardim Anahy o problema não é diferente. O assistente de produção Wiverson Vicente, 19, afirmou que usuários de drogas aproveitam terrenos baldios e casas abandonadas para fazer o uso de entorpecente durante a noite. No período da manhã só fica a sujeira deixada por eles. “A noite é uma baderna aqui no bairro, eles chegam para usar drogas e deixa para trás um rastro de sujeira. A prefeitura deveria mandar limpar esses locais e a polícia deveria coibir a ação desses meliantes”, finalizou.

Reginaldo aponta para o lixo e reclama do mau cheiro vindo do lugar. (Foto: Marcelo Victor)
Reginaldo aponta para o lixo e reclama do mau cheiro vindo do lugar. (Foto: Marcelo Victor)
Moradores colocam placa para alertar, mesmo assim pessoas insistem em jogar lixo. (Foto: Marcelo Victor)
Moradores colocam placa para alertar, mesmo assim pessoas insistem em jogar lixo. (Foto: Marcelo Victor)
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