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Capital

Loja destruída por incêndio não tinha alvará dos bombeiros

Viviane Oliveira, Paula Maciulevicius e Helton Verão | 06/12/2012 16:03
A loja, que não tinha alvará dos bombeiros, ficou destruída. (Foto: Simão Nogueira)
A loja, que não tinha alvará dos bombeiros, ficou destruída. (Foto: Simão Nogueira)
Funcionários ficam emocionados diante do incêndio na loja Paulistão (Foto: Luciano Muta)
Funcionários ficam emocionados diante do incêndio na loja Paulistão (Foto: Luciano Muta)

A loja Paulistão, atingida por um incêndio na manhã desta quinta-feira, em Campo Grande, não tinha certificado anual de vistoria do Corpo de Bombeiros. A informação é do tenente-coronel Francimar Vieira da Costa, do Corpo de Bombeiros.

O incêndio começou por volta das 7h e foram necessárias 3 horas para que fosse controlado. A fumaça ficou tão alta que foi vista do outro lado da cidade, vizinhos tiveram de deixar os imóveis, 300 clientes da Enersul ficaram sem energia e o trânsito ficou tumultuado. O terminal de ônibus localizado próximo a loja chegou a ficar interditado.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o único documento relacionado à segurança que a loja tem é um certificado de Projeto de Prevenção a Incêndio e Pânico. “Porém, a vistoria que é feita anualmente pelo Corpo de Bombeiros a loja não tinha”, disse.

A Defesa Civil convocou engenheiros para avaliar a situação do prédio, que ficou destruído pelo fogo. A estrutura abrigava estoque de materiais plásticos, de papel e madeira, que são inflamáveis. O telhado desabou e as paredes ficaram com rachaduras.

Ainda conforme o tenente, no total foram usados 200 mil litros de água para combater totalmente as chamas. Durante a tarde, foi feito o serviço de rescaldo, para verificar se o fogo foi contido em todas as partes. “A expectativa é que gaste mais 200 mil com o trabalho de rescaldo e de resfriamento do que pegou fogo”, explica.

Por medida de segurança e para facilitar o trabalho dos bombeiros, a avenida Costa e Silva continua interditada no sentido Morenão/Atacadão. Agentes da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) estão no local orientando os motoristas. A energia também está suspensa no quadrilátero do estabelecimento.

Fumaça de incêndio foi vista de longe em Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Fumaça de incêndio foi vista de longe em Campo Grande. (Foto: Rodrigo Pazinato)

“Restabelecemos a energia na região, porém por segurança e a pedido dos militares na quadra que corresponde à loja continua com o serviço interrompido e não tem previsão para voltar”, disse o gerente de manutenção e construção da Enersul, Ercílio Diniz Flores.

Transtorno - Toda a região ficou tomada por uma fumaça acinzentada que atrapalhava a visibilidade dos motoristas e causava incomodo nas pessoas. Dificuldade para respirar e olhos ardendo eram alguns dos sintomas causados pelas labaredas.

Vizinho da loja, o representante comercial Oswaldo Santa Terra, de 30 anos, disse que as janelas da empresa estavam abertas para ventilar o local. “Além de nós ficarmos sem energia, o cheiro da fumaça estava insuportável”, reclama.

Para o motorista, Leonardo Ferreira, 36 anos, a fumaça era tanta que mesmo longe do local era possível ver e sentir a fumaça.

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