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Capital

Mãe de criança com diabetes cobra distribuição de canetas de insulina

Francisco Júnior e Ana Paula Carvalho | 24/06/2011 16:50

Mulher afirma que não tem condições de comprar o medicamento

Mãe afirma que está ficando sem o medicamento. (Foto: Marcelo Victor)
Mãe afirma que está ficando sem o medicamento. (Foto: Marcelo Victor)

Há pelo menos dois meses, os diabéticos que dependem da caneta de insulina fornecida pelo CEM (Centro de Especialidades Médicas) de Campo Grande não encontram a medicação no local. Apenas a insulina injetável está disponível.

Segundo Meirieli Costa Maciel, 30 anos, mãe de Mauricio, de 5, que necessita diariamente do medicamento, o problema já se arrasta há um bom tempo e até agora a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não tomou uma providência. “Fui duas vezes esta semana pegar a insulina e eles me disseram que não tem e nem tem previsão para chegar”, disse.

Preocupada com a saúde do filho, Merieli disse que não tem condições de comprar o medicamento toda a semana. De acordo com ela, um tubinho que dura um semana custa em média R$ 120.

“Vou ter que dar um jeito e comprar o medicamento. Meu filho necessita da insulina para sobreviver. A insulina para ele significa vida”, disse a mãe desesperada.

“A insulina utilizada na caneta e diferente. Eu não posso trocar o medicamento do nada, preciso de uma prescrição médica”, diz Meirieli. Ela tem medo de passar a dar insulina injetável ao filho e ele sofrer alguma reação ao medicamento.

Conforme Meirieli, o fornecimento das tiras que são usadas pelos diabéticos para o controle da glicemia também está acontecendo de forma irregular. “Há seis meses que as tirar estão em falta. Meu filho chega a usar oito por dia”, afirmou relatando que uma caixa com 50 tiras custa R$ 100. “Se colocar tudo no papel vai um custo de mil por mês”, ressaltou.

Não é a primeira vez que eles enfrentam essa dificuldade de conseguir o medicamento na rede pública de saúde da Capital.

Em maio do ano passado, a prefeitura abriu licitação para compra de insulina depois de uma determinação da justiça.

São freqüentes os casos de pacientes que entram na Justiça para conseguir determinados tipos de medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O outro lado- Segundo a assessoria de imprensa da Sesau, a insulina injetável está disponível na rede pública, o que está em falta é a caneta de insulina.

A prefeitura informa que a caneta e a insulina não faz parte dos medicamentos distribuídos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas é comprada com recursos da prefeitura municipal para atender as crianças que fazem parte do programa de diabet.

A compra do medicamento está em processo licitatório e, ainda não tem prazo para que a situação seja regularizada.

Quanto às tirinhas, segundo a assessoria, agora a distribuição foi regulamentada, porque entrou na lista de medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde e não está em falta na Secretaria Municipal de Saúde.

Agora, para receber a tirinha que mede a quantidade de insulina do paciente e ajuda no acompanhamento da doença, a pessoa deve procurar a Sesau e solicitar o material. Será fornecido apenas o que for prescrito pelo médico.

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