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Capital

Mãe de menino abandonado na BR 163 pede anulação de casamento

Ana Paula Carvalho | 12/08/2011 18:57
Lindeureni mostra rosto com hematomas. (foto: Ana Paula Carvalho)
Lindeureni mostra rosto com hematomas. (foto: Ana Paula Carvalho)

O advogado de Lindeureni da Vera Cruz Pecorari, 37 anos, mãe do menino de nove anos que foi abandonado na madrugada da última terça-feira (09) pelo padrasto Sandro Moura Cabreira, 34 anos, pediu a anulação do casamento dos dois.

Segundo o advogado Christopher Pinho Ferro Scapinelli o pedido foi feito porque Lindeureni também foi considerada vítima, já que também foi espancada pelo marido, e, segundo ela, estuprada após ele abandonar a criança na saída para São Paulo.

Ainda de acordo com o advogado, na semana que vem, eles deverão registrar um boletim de ocorrência de estelionato, porque há indícios de que Sandro teria usado cheques da mulher com a assinatura dele.

O advogado também deverá entrar com uma ação de danos morais, porque segundo Lindeureni, Sandro teria sacado, sem a permissão dela, R$200 que estavam em uma conta poupança.

O caso - O menino foi encontrado por volta das 2 horas da última terça-feira (09) caminhando sozinho, com diversas lesões pelo corpo, às margens da BR-163, saída para São Paulo, em Campo Grande.

Um rapaz de 21 anos seguia pela rodovia em direção à casa onde mora, na Chácara das Mansões, quando observou que um caminhão fez uma manobra brusca e desviou de algo na pista.

O jovem, que preferiu não se identificar, declarou que pensou que fosse algum animal, mas verificou que se tratava de uma criança e cerca de 100 metros depois retornou, na contramão, de encontro ao menino.

Segundo o rapaz, o garoto estava desesperado, lesionado e com hematomas no rosto. Diante da situação, levou a criança para sua casa. O menino contou que o padrasto havia lhe batido porque tinha deixado seus brinquedos no chão.

Falou ainda que depois das agressões, o padrasto disse que o levaria para comer seu último cachorro-quente. O menino comeu, por volta da 1 hora, e depois, segundo ele, foi deixado na rodovia.

Quando a criança dormiu, o jovem procurou a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e foi orientado a ir à Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) ainda pela manhã.

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