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Capital

Mãe defende universitário e diz que tiro de policial quase atingiu coração

Nadyenka Castro | 29/03/2011 14:58

Ela diz que o rapaz era perseguido

Endreo mostra marcas do ferimento a bala.
Endreo mostra marcas do ferimento a bala.

Tomografia realizada no tórax de Endreo Ferreira da Cunha, 20 anos, mostra que o tiro disparado pelo policial civil José Ângelo na madrugada do último domingo passou a um milímetro do coração dele. A informação é da mãe do universitário, a administradora de empresas Alessandra Ferreira, 36 anos. Para ela, o policial tinha intenção de matar o estudante. “Ele ia matar meu filho”, defende.

Alessandra diz ainda que Endreo não atropelou o policial civil e que ele só forçava passagem na avenida Costa e Silva porque estava sendo perseguido por um grupo no qual havia um policial militar armado.

Ao Campo Grande News a administradora disse que o filho relatou a ela a confusão na festa, que começou quando ele foi conversar com uma garota. A situação gerou ira no integrado por um policial militar que também estuda engenharia civil.

Conforme ela, houve uma confusão, o militar mostrou a arma e então Endreo saiu do local com o amigo chamado Vinícius. Na versão de Alessandra, quando já estavam no veículo, o policial tirou Vinicius da caminhonete, alegando que ele estava armado, e então o agrediu,

Endreo saiu com Dodge Ram e na avenida Costa e Silva se deparou com congestionamento e viu quando o militar e mais um grupo corria atrás do veículo dele. “Eles quase subiram na caminhonete”. Foi quando ouve o tiro. “Não foi de raspão. Acho que foi à queima-roupa”.

Segundo a administradora, o policial civil não foi atropelado e nem mostrou a identidade funcional.

Ela contou que após o fato, Endreo foi para casa dela e de lá eles foram para Santa Casa, mas devido à demora no atendimento saíram do hospital, retornaram para residência e quando iam para uma delegacia policiais do Garras chegaram.

“Como uma simples briga de trânsito é investigada pelo Garras?”, questiona Alessandra.

Foi feita perícia na Dodge Ram e Endreo preso em flagrante. Somente à noite ele foi para o hospital, com escolta. Nessa segunda-feira ele conseguiu alvará de soltura e já está em casa.

O universitário fez tomografia que mostrou que o projétil passou muito perto do coração. No veículo ficaram marcas do disparo e manchas de sangue.

Versão da Polícia- De acordo com relato do policial civil, ele seguia para buscar a filha no estádio Morenão quando se deparou com a caminhonete Dodge Ram forçando passagem. Ele bateu a caminhonete em pelo menos cinco veículos.

Quando viu a confusão, o investigador saiu do carro armado e com a carteira funcional na mão. Ele se identificou como policial mandou que descesse da caminhonete, no entanto, o estudante desobedeceu a ordem e “jogou” a caminhonete para cima do policial, que teve lesões no joelho.

Foi neste momento que José Ângelo atirou e a bala acertou o tórax do estudante.

Andreo foi preso em casa, na Vila Carlota. Ele acabou autuado em flagrante pela tentativa de homicídio contra o policial, além do crime de dano contra os motoristas que tiveram os carros atingidos, porque fugiu do local do acidente, dirigir a caminhonete sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e porte de droga porque havia haxixe no veículo.

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