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Capital

Mãe denuncia negligência na morte de filho após passar por posto e hospital

Alan Diógenes | 25/05/2015 16:22
Na foto, Gabriel aparece sorrindo ao lado da mãe. (Foto: Reprodução/Facebook)
Na foto, Gabriel aparece sorrindo ao lado da mãe. (Foto: Reprodução/Facebook)
Segundo mãe, adolescente é mais uma vítima de erros médicos. (Foto: Reprodução/WhatsApp)
Segundo mãe, adolescente é mais uma vítima de erros médicos. (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Após dois meses da morte do filho de 16 anos, a recreadora infantil Marinivia Antônia da Silva, 41 anos, decidiu registrar um boletim de ocorrência na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) por negligência médica. Ela alega que o filho foi atendido por vários médicos em um posto de saúde e hospital da Capital, nenhum sabia o que ele tinha, mas mesmo assim fizeram uma cirurgia que agravou seu estado de saúde.

Gabriel da Silva Soares Martinez começou a sentir forte febre em um sábado, mas a mãe acreditando ser apenas um mal estar lhe deu Dipirona. “Era de manhã e eu havia acabado de sair do plantão no Conselho Tutelar. Dei o medicamento para ele, falei que iria descansar e se piorasse me chamasse para irmos ao posto de saúde”, explicou Marinivia.

Por volta de 12h, ela acordou e o Gabriel ainda continuava com febre alta. Mesmo contra a vontade do filho, Marinivia o levou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Nova Bahia. “Ele não queria ir porque disse que demorava muito o atendimento. Dei um Paracetamol para ele e logo depois levei ele no posto. Lá deram Dipirona e soro para ele, em seguida liberaram”, comentou.

Na madrugada de domingo, o estado de saúde do adolescente piorou e eles voltaram ao posto. “Ele estava com diarreia e dificuldade para respirar e urinar. O médico passou uma inalação para ele e por volta das 4h30 fomos embora para casa. Quando deu 7h30, em suava frio, reclamava de dores na cabeça e estômago, suas mãos estavam roxas e ele tinga diarreia. Voltamos ao posto, sua pressão estava 8 por 5 e ele já ficou internado”, mencionou Marinivia.

Exames foram feitos e o médico passou Dipirona e deixou o rapaz no soro. Já na segunda, o estado dele era grave e o transferiram para o Hospital Regional.

Conforme a recreadora, lá ele foi atendido por vários médicos e todos diziam uma coisa. “Ninguém sabia o que era. Uns falavam que era Meningite, Febre Chikungunya, enquanto outros falavam que era infecção no pâncreas ou pneumonia. Só que fizeram uma cirurgia sem terem feito nenhum exame. Depois da cirurgia, voltaram dizendo que não havia nada na barriga do meu filho, então porque abriram ele”, destacou.

Na terça-feira, o adolescente veio a óbito. Marinivia pediu então o exame necroscópico. O resultado saiu a poucos dias e o disgnóstico foi broncopneumonia. Ela e o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, Valdemar Moraes de Souza, registraram nesta segunda-feira (25) um boletim de ocorrência na Deaij.

“Estou sofrendo muito e faço tratamento com psicólogo. Meu filho morreu a mínguas e não quero que outra mãe passe pelo o que eu passei, por isso faço esse registro para mostrar à sociedade que a negligência médica existe e por isso perdi meu filho. Morava só eu e ele, ou seja, perdi meu único companheiro”, finalizou.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria do Hospital Regional para obter esclarecimentos sobre o caso, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.

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