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Capital

Mães sofrem com creches inacabadas e luta ganha símbolo na Capital

Filipe Prado | 31/01/2014 16:03
Luquinhas, virou símbolo da luta, e mostra preocupação com a falta de Ceinfs (Foto: Cleber Gellio)
Luquinhas, virou símbolo da luta, e mostra preocupação com a falta de Ceinfs (Foto: Cleber Gellio)

Alguns Ceinfs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande, mesmo prontos, ainda não estão abertos para receber as crianças para as aulas. Com tanto tempo de espera, o menino Luquinhas já virou símbolo da luta das mães, para conseguir uma vaga nos centros.

Por conta de uma hérnia no umbigo, a autônoma Maria Nazaré Carneiro da Silva, 40, mãe de Luquinhas, precisa fazer uma cirurgia com urgência. “Eu só posso fazer essa cirurgia se eu conseguir uma vaga no Ceinf para meu filho”, comentou.

Mesmo com a pouca idade, Luquinhas entende que precisa da vaga na “escolinha”. Muitas mães já vêem no menino, uma esperança, para continuar lutando pela matrícula do filho nos Ceinfs.

Ela está impossibilitada de fazer o procedimento cirúrgico, pois o centro, que fica há uma quadra da casa dela, ainda não foi aberto. “Pelo amor de Deus, eu preciso conseguir uma vaga para o meu filho”, implorou Maria.

A autônoma é uma das mães que mais se preocupa com a abertura dos Ceinfs. “Eu brigo, pois é dinheiro nosso. Muita gente precisa, mas ninguém corre atrás”, afirmou.

O prédio do bairro Oiti, já foi tomado por pichações (Foto: Cleber Gellio)
O prédio do bairro Oiti, já foi tomado por pichações (Foto: Cleber Gellio)

No bairro Oiti, a situação é a mesma, toda a estrutura do Ceinf está pronta, mas as portas nunca foram abertas. “Desde 2012 eu fiz a matrícula do meu filho, de três anos, mas até agora não abriram o Ceinf”, comentou Marta Barbosa Machado, 39.

O prédio, que foi orçado em mais de R$ 2 milhões, já está todo depredado, com pichações por todo o local. “Está tudo parado. Meu filho tem que ficar em casa, ainda bem que trabalho em casa”, contou Marta.

A dona de casa Iracema de Lima, 54,afirmou que no bairro não há mais vagas para o neto dela. “Eu fui fazer a matrícula do meu neto e disseram que não tinha mais vagas. O Conselho Tutelar teve que intervir para eu conseguir a vaga”. Mesmo com a vaga garantida, Iracema ainda não sabe quando o Ceinf irá abrir.

Ela afirma que o número de crianças no bairro é maior do que a quantidade de vagas. “Precisamos de mais creches aqui, pois há muitos bairros interligados ao Oiti. E as mães precisam, pois todas trabalham”.

No bairro Tijuca 2, outro Ceinf está abandonado. O prédio também era para ser frequentado pelas crianças do bairro, mas, mesmo com a estrutura pronta, falta a finalização da obra.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura, mas as ligações não foram atendidas.

No Nova Lima, o Ceinf está pronto, só falta abrir as portas (Foto: Cleber Gellio)
No Nova Lima, o Ceinf está pronto, só falta abrir as portas (Foto: Cleber Gellio)
As obras do Ceinf do bairro Tijuca II, ainda estão incompletas (Foto: Cleber Gellio)
As obras do Ceinf do bairro Tijuca II, ainda estão incompletas (Foto: Cleber Gellio)
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