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Capital

Maior recompensa para jovem diretor da Via Sacra é ver o público na rua

Nyelder Rodrigues e Adriano Fernandes | 25/03/2016 17:44
Juliano há 6 dirige os voluntários que participam da encenação da Paixão de Cristo. (Foto: Marcos Ermínio)
Juliano há 6 dirige os voluntários que participam da encenação da Paixão de Cristo. (Foto: Marcos Ermínio)

Três meses de dedicação tendo como recompensa apenas a reação positiva do público. Assim, desde 2004, é o início de ano do garçom Juliano Louveira dos Santos, ou rei Herodes, Pôncio Pilatos ou algum sacerdote bíblico encenado na já tradicional Via Sacra da Paixão de Cristo, no bairro Moreninhas, região sul de Campo Grande.

Com apenas 13 anos, Juliano deu seus primeiros passos na encenação. Entre vários personagens interpretados, o mais importante foi Jesus Cristo. Após seis anos atuando, ele assumiu a direção da encenação em 2010, com 19 anos, e desde então também virou uma espécie de contra-regra da Via Sacra, fazendo de tudo um pouco, junto a sua inseparável mochila.

"Todo ano ele aparece aqui com essa mesma mochila", brinca um amigo. Ali, ele carrega água, extensão de tomada elétrica e outros objetos necessários para realizar os ensaios, que começam logo após a virada do ano. Este ano, cerca de 70 pessoas participaram direta e indiretamente do evento, sendo que aproximadamente 40 encenaram a Paixão de Cristo nas Moreninhas.

Na mochila, ele carrega os cabos de alta tensão, água e até groselha caso falte "sangue", como uma espécie de contra-regra da Via Sacra. (Foto: Marcos Ermínio)
Na mochila, ele carrega os cabos de alta tensão, água e até groselha caso falte "sangue", como uma espécie de contra-regra da Via Sacra. (Foto: Marcos Ermínio)

"O melhor agradecimento que tenho por tudo isso é chegar ao final e ver que deu tudo certo. Depois de tudo, chegamos aqui hoje às 7h, trabalhamos muito, estamos todos cansados, mas estamos felizes. O mais gratificante é perceber que cadeirantes, idosos, várias pessoas querem ver a Paixão de Cristo. Essa é a prova que o trabalho foi bem feito", conta Juliano, hoje com 25 anos, todos eles vividos nas Moreninhas.

A Via Sacra começa na igreja da comunidade São Pedro e São Paulo e vai até a paróquia Nossa Senhora Aparecida, ambas localizadas nas Moreninhas. A tradição, segundo o diretor, já é tão grande que os voluntários aparecem por conta própria. "As pessoas começam a me procurar já no início do ano, vão à igreja para participar, querem ser voluntárias da nossa Via Sacra", explica.

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