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Capital

Manhã foi de susto e tumulto para vizinhos de subestação que teve incêndio

Paula Maciulevicius | 21/09/2012 11:44
Rua José de Freitas Guimarães: no início da manhã de hoje o volume da água mal deixava os carros passarem. (Foto: Minamar Júnior)
Rua José de Freitas Guimarães: no início da manhã de hoje o volume da água mal deixava os carros passarem. (Foto: Minamar Júnior)
O fluxo de bombeiros e carros da Enersul formava 'ondas' que atingiam quem passava pela calçada. (Foto: Minamar Júnior)
O fluxo de bombeiros e carros da Enersul formava 'ondas' que atingiam quem passava pela calçada. (Foto: Minamar Júnior)

Na manhã de hoje moradores e trabalhadores da região do bairro São Lourenço, em Campo Grande enfrentaram o medo ao sair de casa ou chegar para o início do expediente. É que além da forte chuva, que alagou a rua José de Freitas Guimarães, um fogo alto tomou conta do céu na região, depois que um curto circuito provocou incêndio no transformador na subestação de energia Miguel Couto. Tudo na mesma rua.

Por conta do fluxo de veículos de bombeiros e da Enersul, entrando e saindo da subestação, a água na rua ainda deixava motoristas transitarem. No entanto, a cada movimento de pneus, uma ‘onda’ atingia quem estava na calçada.

Depois que o fluxo diminuiu era arriscado cruzar a via e o carro parar pelo volume de água da chuva. O melhor mesmo era desviar.

Trabalhador em manutenção, Divino Garcia assustou com o estrondo que o curto circuito provocou. (Foto: Minamar Júnior)
Trabalhador em manutenção, Divino Garcia assustou com o estrondo que o curto circuito provocou. (Foto: Minamar Júnior)

O incêndio em um dos três transformadores deixou 35 mil casas e comércios sem energia. Vizinhos da subestação ficaram horrorizados com o barulho e a chama de 6 metros.

‘Seo’ Divino Alves Garcia, 51 anos, trabalha ao lado de onde o incêndio aconteceu. Viu tudo em posição privilegiada, se é que pode dizer assim sobre o susto que levou.

Ele falou com a imprensa enquanto estava sem poder trabalhar. O expediente no almoxarifado da construção já tinha começado, mas ele teve de interromper a força. Depois que o estrago do fogo o deixou sem luz.

“Foi uma explosão muito forte e em seguida acabou a luz. Foi raio sim, eu ouvi e já pensei, quando saí aqui já vi toma fumaça. Foi uma faísca muito forte”, conta.

Pedreiros, José Roberto e Roberto assustaram com o barulho. Para eles, o som foi de batida de carreta. (Foto: Minamar Júnior)
Pedreiros, José Roberto e Roberto assustaram com o barulho. Para eles, o som foi de batida de carreta. (Foto: Minamar Júnior)

Em 23 anos trabalhando ali, ele fala que é frequente o barulho de explosões vindo de dentro da subestação. Mas nada que se comparasse a hoje. “Nunca tinha visto pegar fogo”, completa.

Os pedreiros José Roberto Pereira, 48 anos e Roberto Lourenço, 51 anos, trabalham em uma construção logo na esquina da rua José de Freitas Guimarães com a avenida Eduardo Elias Zahran. A dupla estava lá desde as 6h da manhã e entre uma conversa e outra, ouviram o barulho.

“Foi um estrondo ‘pow’ e depois aquela fumaceira toda. Eu achei que fosse uma batida. Pensei, foi carreta”, disse José Roberto.

Movimentação na vizinhança foi intensa nesta manhã, enquanto dentro da subestação funcionários da Enersul trabalhavam na contenção dos estragos. (Foto: Minamar Júnior)
Movimentação na vizinhança foi intensa nesta manhã, enquanto dentro da subestação funcionários da Enersul trabalhavam na contenção dos estragos. (Foto: Minamar Júnior)

Já o colega conta que junto do barulho veio a claridade. “O céu brilhou e daí o fogo começou. Deu susto”, relata Roberto Lourenço.

O medo também tomou quem vive de noticiar os fatos. Vizinho à estação, a Rede MS de Rádio e Televisão preparava-se para entrar com o primeiro noticiário do dia, quando o estouro aconteceu. Foram dois picos de queda de luz até que o gerador reestabelecesse. Por meia hora, rádio, jornal e televisão funcionaram à base do gerador.

“Estava preparando para entrar no ar, quando deu o estouro. A sorte é que o vento estava para lá, se não tinha vindo tudo para cá”, diz a gerente Ellen Genaro.

No meio da manhã, com o fogo solucionado, a região já voltava à normalidade. Exceto pelo volume de água da chuva na região.

“Assustei quando cheguei. A rua estava inundada, foi a primeira vez que vi assim”, relata o técnico Leandro Feitosa, que veio do bairro Estrela Dalva até a rua José de Freitas Guimarães em uma S-10. A sorte é que o veículo era alto e passou com tranquilidade.

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