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Capital

Mantida em cárcere privado, mulher pediu socorro por meio de SMS

Renan Nucci | 05/12/2014 12:21

Um pedido de socorro enviado via SMS salvou a vida de uma mulher de 25 anos que vinha sendo mantida em cárcere privado pelo marido, o segurança Rafael Ribeiro Amorim, 24 anos, no Jardim Monumento, em Campo Grande. A vítima disse que há cerca de 30 dias não conseguia sair sem que o autor estive por perto, e que desde domingo (30), não podia por os pés para fora da residência, pois vivia sob constantes ameaças. O autor foi preso em flagrante ontem (05).

A vítima disse ao delegado Thiago Macedo, da 4ª Delegacia de Polícia da Capital, que convive com o autor há cerca de dois anos e tem com ele um bebê de apenas dois meses. Há aproximadamente um ano e meio ela passou a ser vítima de violência doméstica, como agressões físicas, psicológicos e até mesmo abusos sexuais que estão sendo investigados. Recentemente a situação começou a se agravar, e ela pediu socorro.

“Nos últimos 30 dias ela não saía de casa sem a presença do autor. Desde domingo ele não a deixava sair e a vigiava constantemente. Neste mesmo dia ele a agrediu e tentou asfixiar a filha de dois meses com o travesseiro. Preocupada, a mulher enviou um SMS a uma vizinha que, por sua vez, fez com que a mensagem chegasse a nós”, disse o delegado.

De posse das informações, a polícia foi ao local denunciado ontem, onde encontrou o autor, a vítima, o bebê e um garoto de dois anos, filho da mulher de outro relacionamento. “Soubemos que além do cárcere, ele batia nas crianças, na esposa e até a forçava a manter relações sexuais (o que, se confirmado, deve configurar como estupro) com ele sujo, há três ou quatro dias sem tomar banho”, ressaltou o delegado, dizendo que as investigações estão praticamente concluídas, restando apenas alguns laudos comprobatórios.

Rafael foi preso em flagrante e levado para a delegacia. Durante o registro da ocorrência, atacou um dos investigadores com um soco. Ele vai responder cárcere privado qualificado, pois a vítima foi a própria convivente, lesão corporal e lesão corporal contra um policial. “Ele é uma pessoa agressiva e que não tem condições de voltar ao convívio familiar”, completou o delegado.

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