Marcada para dia 25 interrogatório de PM que matou ex-mulher a tiro
Mais uma testemunha foi ouvida hoje
Será no próximo dia 25 o interrogatório do policial militar Paulo Cesar Lucas Batista, que na madrugada do dia 31 de janeiro deste ano, em Campo Grande, matou a ex-mulher, a agente de saúde Luciana Chaves de Farias, 35 anos.
A audiência está marcada para começar as 16h15min, na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Antes do interrogatório, duas testemunhas serão ouvidas.
Uma delas é o cabo do Corpo de Bombeiros que socorreu Luciana ao posto de saúde, onde ela morreu. Também será ouvido um homem que trabalhou com Paulo Cesar ano passado, em campanha política.
A esposa deste foi ouvida na tarde dessa quarta-feira. Ela disse ao juiz, ao promotor de Justiça Renzo Siufi, e aos advogados do réu, que o conhece o policial há um ano e que Luciana demonstrava ser ciumenta.
”Quando tinha reuniões na casa dele ela não cumprimentava a gente direito. (...) Olhava feio e se afastava”, disse a jovem.
O caso - O policial e a mulher estavam separados havia duas semanas. Ele estava morando em uma quitinete, local do crime.
Luciana foi ao local na madrugada do dia 31, e segundo o militar, ele ouviu a porta ser arrombada, viu uma pessoa entrando e pensando ser um ladrão atirou em Luciana. Não se sabe o motivo que levou a mulher a ir onde estava Paulo.
Perícia constatou que a porta havia sido danificada pelo lado de dentro e que havia uma poça de sangue, e não rastro.
Foi verificado ainda que Luciana tinha um hematoma na testa e dois causados por arma de fogo.
O casal conviveu junto por vários anos. Paulo e Luciana tiveram três filhos. Testemunhas disseram em juízo que a relação do casal era marcada por brigas, ciúmes e álcool.
O militar está preso. Ele teve habeas corpus em caráter liminar negado recentemente.