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Capital

Marceneiro diz que foi agredido e humilhado pela PM no bairro Estrela Dalva

Viviane Oliveira | 20/05/2013 14:48
Agostinho disse que vai procurar a corregedoria da PM para formalizar a denúncia de agressão (Foto: Marcos Ermínio)
Agostinho disse que vai procurar a corregedoria da PM para formalizar a denúncia de agressão (Foto: Marcos Ermínio)

O marceneiro Agostinho Apolinário de Almeida, de 50 anos, afirma que foi humilhado e agredido pela Polícia Militar na tarde da última sexta-feira (17) na avenida Aracruz, no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande.

Segundo Agostinho, ele estava na Marcenaria Bom Jesus, onde trabalha há 3 anos, quando três policiais chegaram dizendo que havia uma denúncia de ameaça e o suspeito tinha um Celta de cor preta.

Como em frente da marcenaria havia um Celta parado da mesma cor e modelo, os policiais entram no local procurando o dono do veículo. “Eles estavam em três policiais e chegaram gritando e procurando uma arma”, diz Agostinho.

Conforme o marceneiro ao ver a atitude dos policiais, questionou se havia um mandado para poderem entrar no imóvel. Disse ainda, para os policiais irem ao local que havia acontecido à confusão e não lá, onde todos estavam trabalhando.

“Indignado comigo, o sargento me chamou de vagabundo e merda. Recebi vários chutes, socos e ao reagir pedindo para eles irem embora fui algemado”, afirma.

Agostinho reclama que além de ser agredido, foi humilhado pelos policiais, colocado na gaiola da viatura e encaminhado para a delegacia. “Estava no meu local de trabalho e ainda fui chamado de vagabundo”, conta indignado.

Marceneiro mostra a marca da algema, que ficou no braço. (Foto: Marcos Ermínio)
Marceneiro mostra a marca da algema, que ficou no braço. (Foto: Marcos Ermínio)

Com marcas da algema no punho, Agostinho foi ao Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) fazer corpo de delito. “Vou procurar a corregedoria da PM para formalizar a denúncia de agressão”, finaliza.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que Agostinho foi encaminhado para a delegacia porque começou a discutir e a desrespeitar os militares.

De acordo com o órgão, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de ameaça e segundo testemunhas o autor estava armado circulando em um Celta, de cor preta. Ao ser informado a direção que o veículo havia ido, a Polícia encontrou um carro com as mesmas características em frente à marcenaria.

Lá, de acordo com a assessoria, eles pediram para o funcionário chamar o dono do veículo, que estava na marcenaria. O proprietário, funcionário do local, aceitou abrir o carro para a Polícia revistar, quando Agostinho começou a questionar a ação.

O sargento explicou o que estava acontecendo, mesmo assim Agostinho dizia que eles não poderiam agir daquela forma, porque não tinham autorização. Inclusive conforme o órgão, um policial acabou ferido na mão pelo marceneiro.

Agostinho acabou algemado e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. Lá ele foi autuado por desobediência, desacato, lesão corporal dolosa e resistência.

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