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Capital

Marun diz que não conseguiu conversar com empresa sobre operários sem salários

Nyelder Rodrigues | 20/03/2013 21:55
Operários que estão sem receber conversam com fiscais do MPT-MS (Foto: Divulgação)
Operários que estão sem receber conversam com fiscais do MPT-MS (Foto: Divulgação)

O secretário de Estado de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, afirmou que ainda não conseguiu conversar com a Brookfiel, empresa responsável pela construção do Residencial Celina Martins Jallad, no bairro Caiobá, em Campo Grande, no bairro

Quinze trabalhadores do residencial, do programa Minha Casa, Minha Vida, estão sem receber salários e vivem em condições degradantes. A situação foi flagrada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), ontem (19), após denúncias.

Conforme Marun, a Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) é apenas parceira do Minha Casa Minha Vida e não tem nenhum vínculo empregatício com os trabalhadores da obra.

A obra é feita pela construtora Brookfield Incorporações, e a Agehab é parceria no Minha Casa Minha Vida oferecendo a contrapartida na forma de infraestrutura ao empreendimento. Já as questões trabalhistas são de alçada da Brookfield.

O secretário ainda afirmou que não pode emitir qualquer juízo quanto ao assunto, pois precisa de mais informações sobre a situação. Os repasses da Caixa Econômica no Minha Casa Minha vida são feitos a partir de medições mensais e pelo andamento da obra.

De acordo com o MPT, os operários foram contratados pela empreiteira JN Construções Instalações Hidráulicas e Elétricas e contaram sobre o atraso na remuneração mensal, que estavam tendo descontos ilegais, que o fornecimento da alimentação seria interrompido e que os dois alojamentos não eram adequados.

Os 15 trabalhadores foram contratados pela terceirizada JN, em Goiânia (GO), mas vieram de diferentes estados, como Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás, com expectativa de ganhar em torno de R$ 2,5 mil mensais.

Após dois meses de trabalho em Campo Grande, a empresa JN parou de realizar os pagamentos alegando que não estaria recebendo da Brookfield. Os trabalhadores estão alojados em duas casas próximas à obra do Portal Caiobá.

No alojamento onde estão 10 trabalhadores, não há camas em quantidade suficiente, há pessoas dormindo em redes, os colchões disponíveis são inadequados, não foram fornecidas roupas de cama e não há condições de higiene. Para tomar banho, eles utilizam um cano no quintal da residência, em local aberto, porque o banheiro não tem condições de uso.

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