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Capital

Medição de nível de chuva pode ser estratégia contra estragos na cidade

Aliny Mary Dias | 24/11/2013 08:09
Aparelhos parecem radar, mas são estações hidrometeorológicas (Foto: Divulgação)
Aparelhos parecem radar, mas são estações hidrometeorológicas (Foto: Divulgação)

A ocupação inteligente do solo diante das construções que transformam a cidade em um canteiro de obras é um dos desafios enfrentados pela administração de Campo Grande. Em consequência de um crescimento mal planejado, a cidade precisa lidar com estragos e prejuízos que aparecem depois de temporais como o vivido no último sábado (16).

O segredo para o fim das avenidas esburacadas, das encostas de rios que cedem ou de barragens que não suportam a vazão da água vem do céu. A medição dos índices das chuvas é considerada a “peça chave” para que os problemas possam ser previstos, resolvidos em um curto espaço de tempo e até evitados.

Para aumentar a eficácia na medição dos índices pluviométricos, a Prefeitura da Capital em parceria com a iniciativa privada terá 12 estações hidrometeorológicas instaladas até o fim deste mês.

Até agora já foram instaladas cinco estações em pontos diferentes da cidade e as outras sete estão em fase final de implantação. O projeto pretende seguir um princípio básico da engenharia: medir para planejar.

Para quem não conhece o equipamento lembra um radar de velocidade, mas é capaz de medir o índice das chuvas. As regiões dos córregos Prosa, Segredo e Anhanduí já possuem as estações. Até o fim do mês o córrego Bandeira e Bálsamo também terão os equipamentos instalados.

Peter é engenheiro civil e um dos responsáveis pelo projeto (Foto: Pedro Peralta)
Peter é engenheiro civil e um dos responsáveis pelo projeto (Foto: Pedro Peralta)

Um dos responsáveis pelo projeto é o engenheiro civil e professor universitário Peter Cheung. O especialista conta que as primeiras estações foram instaladas há dois anos por meio de um projeto de inovação tecnológica financiado pelo Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) no valor de R$ 230 mil.

Depois da instalação das duas primeiras centrais, o projeto ganhou a parceria da prefeitura e o interesse da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano).

Peter explica que os dados são encaminhados para um banco de dados e que podem ser acessados em tempo real.

Secretário adjunto, Sérgio Leal, acredita que dados são fundamentais para melhoria da cidade (Foto: Pedro Peralta)
Secretário adjunto, Sérgio Leal, acredita que dados são fundamentais para melhoria da cidade (Foto: Pedro Peralta)

“Nós levantamos os dados do que choveu e do que isso refletiu no solo. Com essas medições, nós podemos fazer o planejamento correto e prever estragos. É importante lembrar que os problemas sempre vão ocorrer porque são construções de muitos anos, mas podemos diminuir as consequências”, explica o engenheiro civil.

Para o secretário adjunto da Seintrha, Sérgio Leal, com as estações instaladas em vários pontos da cidade e com o acesso em tempo real, o conserto dos estragos causados pelas chuvas são feitos mais rápidos.

“Nós já usamos esses números, quando o índice apontou que o nível do córrego subiria, mandamos equipes para o local e assim fomos eficientes. Mas além disso, precisamos da eficácia de conseguir prevenir esses estragos. Não podemos fazer obra pela obra”, afirma Leal.

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