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Capital

Médico do Exército acusado de abuso sexual é condenado a 1 ano de prisão

Aline dos Santos | 10/05/2011 12:05

O STM (Superior Tribunal Militar)condenou o médico Marcus Vinícius Carreira Bentes, que é major do Exército, a um ano de detenção por abuso sexual contra paciente. O caso ocorreu em abril de 2007 no Hospital Geral de Campo Grande e a denúncia do Ministério Público Militar foi oferecida em 2008.

A paciente denunciou que o médico urologista pediu que ela levantasse o vestido e tocou em seu órgão genital sem luvas. Segundo a mulher, ele apresentava sinais de excitação. A paciente foi ao local para entregar resultados de exames solicitador por um outro urologista.

O caso foi julgado pelo STM no último dia 3 e por, unanimidade, o médico foi condenado à detenção. O advogado de defesa Evaldo Corrêa Chaves recorreu da condenação. “Usaram casos que já tinham sido elencados em Fortaleza e processos de anos anteriores, em que o próprio Ministério Público pediu a absolvição”, afirma o advogado.

Com o recurso, a condenação fica suspensa. No caso da pena ser mantida, o major ficará detido em uma sala do Estado Maior. Conforme a denúncia, o militar já se envolveu em pelo menos outros seis casos de abuso sexual.

Os casos foram registrados em Lorena, interior de São Paulo, e em Fortaleza (Ceará). Em São Paulo, as denúncias foram tratadas como transgressões disciplinares e não foram abertos inquéritos para investigação.

Em Fortaleza, ele foi absolvido por falta de provas.

Superficial – No caso denunciado em Campo Grande, o médico alega inocência. “A função do médico ginecologista, urologista e até fisioterapeuta pode causar desconforto nos pacientes. São exames invasivos”, alega o advogado.

Evaldo Chaves justifica o atendimento. Segundo ele, o médico tocou a paciente sem luva porque fez um exame superficial. “Talvez por ser muito evangélica, ela levou para outro lado. Mas foi um exame dentro da ética”.

Conforme o advogado, o major está psicologicamente abalado. Desde 2007, ele exerce atividades burocráticas no hospital.

Em dezembro do ano passado,o CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) cassou o registro do médico urologista, que também atende na rede pública de Campo Grande. Ele recorreu.

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