Médicos anunciam greve no HR da Capital e pacientes são surpreendidos
Vários pacientes e familiares que acompanham os mesmos foram surpreendidos na noite desta quinta-feira (5) com o início da greve dos médicos do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O motivo da paralisação é o não atendimento das demandas salariais da categoria pelo Governo do Estado.
Pessoas que foram ao local entraram em contado com a reportagem e reclamaram sobre a situação, que foi confirmada pela assessoria de imprensa do Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul). Como determinada a lei, 30% do atendimento é mantido.
A greve não foi anteriormente divulgada por causa de questões internas e mais detalhes devem ser repassados nesta sexta-feira (5). "Cheguei aqui e encontrei o cartaz", explica uma das recepcionistas do HR, por telefone, se dizendo também surpreendida com a greve.
"Minha sogra faz tratamento contra o câncer e hoje ela não estava bem e por isso levamos ela ao Regional, porém quando chegamos lá nos falaram que se o estado dela for grave, vai esperar entre duas e três horas, caso contrário seria de quatro ou cinco", explica André Soares.
Ele chegou ao local por volta das 20h30 com a sogra, que foi classificada inicialmente como paciente de prioridade verde. Por causa do tratamento oncológico, ela foi reposicionada como prioridade amarela e atendida às 21h30.
"Não sabia da greve. Tem adesivos e faixas aqui. Está um caos, tem um senhor de 79 anos infartado e esperando atendimento desde as 15h. Tem bastante gente nos corredores", revela André sobre o que viu no período que esteve no lugar.
